Revista Graphprint - Edição 160 - page 12

Entrevista
GRAPHPRINT NOVEMBRO15
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em software no sentido de ajudar a indústria gráfica. No
entanto, como a empresa enxerga a área de acabamento
onde rapidamente podem ser criados os temidos garga-
los?
Matteucci:
Para a área de acabamento temos parcerias in-
teressantes. Sempre foi uma restrição à parte a área de aca-
bamento, pois nossas máquinas atuam com uma velocidade
enorme. Sempre era criado um gargalo, mas na última Dru-
pa esse problema foi resolvido por meio de parcerias com a
Hunkeler, Horizon, entre outros parceiros que desenham sis-
temas de acabamento para nossasmáquinas.
A grande palavra aqui é aplicação. Temos de saber o que o
cliente quer imprimir emostrar como ele pode lucrar usando
as soluções apresentadas por meio das parcerias. Entende-
mos também que comprar uma máquina digital para com-
plementar o offset não é o caminho mais adequado. Nossos
clientes têmdeentender claramenteaaplicaçãoecomousa-
rão o equipamento.
GRAPHPRINT: A demanda exige novidades constante-
mente. Como a Kodak se prepara para atender velocida-
de e qualidade?
Matteucci:
Omundo está cada vez mais conectado, nossos
investimentos em softwares são também cada vez maiores.
OPrinergy, por exemplo, é um produto commódulos variados
que ajudam o impressor a se conectar com seu cliente, ace-
lerando o tempo de aprovação e abrindo a possibilidade de
captar novos negócios.
Naáreadechapas, lançamos recentementenoJapão,durante
a Igas (maior feira de impressão do Japão, realizada recente-
mente emTóquio), a Sonora XJ sem processo para a impres-
sora com tintaUV. Nomercado japonês 80% das impressoras
atuam com tinta UV e secagem UV, LED, pois há uma clara
redução de consumo de energia. Por isso, desenhamos uma
chapa ideal para atender estas aplicações. Vamos levar este
produto para outros mercados e já estamos em processo de
testes, pois sabemos respeitar amanufaturade cada regiãoe
o impresso de cada país. Quando a Kodak lança um produto,
ela vem para ganhar. Você nunca vai ver um produto Kodak
que não esteja preparado para ganhar.
GRAPHPRINT: Há um evidente crescimento da leitura no
mercado brasileiro, porém os perfis de leitores são os
mais variados possíveis. Como a Kodak enxerga essa
transição de público?
Matteucci:
O comportamento do consumo evolui sistemati-
camente. Há alguns anos discutíamos se os aparelhos mo-
dernos iriamsubstituir osmeios impressos. Chegamosàcon-
clusão de que não existe substituição e sim convergência. O
mesmo consumidor que lê o jornal de manhã vai continuar
sabendodas notícias pelo seu celular de tarde e à noite. Sem
esquecer, claro, de sua relação com as redes sociais.
Amudança de comportamento émuito dinâmica. Onde a Ko-
dak lucra com isso? Lucramos com a forma pela qual ajuda-
mos os impressores a ganhar dinheiro com impressão, for-
necendo ferramentas que conseguem transmitir informações
rápidas e pontuais.
Um exemplo interessante é omeio jornal. Amaioria dos jor-
naisnomundo tenta fazer a transiçãoparaodigital,masvocê
pode chegar eperguntar quantoda receita vemdomeiodigi-
tal. Não passa de 10%.
Os jornais estão redescobrindo que têm de focar na impres-
são sua maior fonte de receita. Por isso, desenvolvemos as
cabeças inkjet para a impressora Prosper, para fazer a im-
pressão híbrida, com dados variáveis, além da possibilidade
de produzir conteúdo local e aplicações inovadoras.
GRAPHPRINT: Como a Kodak analisa o consumo de sof-
twares piratas nomeio gráfico?
Matteucci:
ExistesempreumadisposiçãodaKodakem iden-
tificar os concorrentes desleais. Somos uma empresa ética e
sempre buscamos mostrar ao cliente que há um grande in-
vestimento em tecnologia que acompanha todos os produtos
e serviços apresentados. Quando há uma situação de con-
corrência desleal, ela afeta a indústria gráfica como um todo.
Vale frisar também que lidamos com uma base de clientes
com ética e que reconhecem que a diferença é significante.
Eles não tomam decisão somente por preço, decidem pelo
serviço e pela interação. Inclusive há casos onde os clientes
ajudaram a desenvolver novos produtos.
“Omundo está cada vezmais conectado,
nossos investimentos em softwares são
também cada vezmaiores. OPrinergy,
por exemplo, é um produto commódulos
variados que ajudam o impressor a se
conectar com seu cliente, acelerando o tempo
de aprovação e abrindo a possibilidade de
captar novos negócios.”
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