Revista Graphprint - Edição 160 - page 11

GRAPHPRINT NOVEMBRO15
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Entrevista
GRAPHPRINT: Como responsável
pelomercado de impressão de di-
versas regiões domundo gostaria
de saber sua visão em sintonia
coma realidadeda indústriagráfi-
ca brasileira?
Matteucci:
Minha posição é de ge-
rência geral para os países emer-
gentes do Hemisfério Sul incluindo
o Japão. Essa é minha área de atu-
ação. Está claro que há uma turbu-
lência mundial na economia que
afeta omercado gráfico. O setor vive
também dos investimentos em pu-
blicidade e dos aportes do mercado
editorial. Evidentemente tambémque
há uma concorrência da indústria de
impressão com outros meios de co-
municação.
Tendo conhecimento desses pontos,
o compromisso da Kodak com os
impressores é manter seus negó-
cios relevantes, além de apresentar
condições para diminuir os custos
de produção. Nos dias atuais, por exemplo, a chapa Sonora
consegue ser sustentável na prática.
A Kodak está sempre pronta para desenvolver novos mode-
los de negócios, como, por exemplo, o sistema de impressão
inkjet, que apresenta uma competitividade interessante em
termos de custo e de aplicação.
O Brasil, especificamente, passa por uma situação particular
no sentido de apresentar crescimento de sua indústria grá-
fica. Os EUA estão estáveis; a Europa, mesmo tendo sentido
profundamente a crise entre 2008 e 2009, hoje mostra es-
tabilidade e crescimento em alguns modelos de negócios;
a China, mesmo desacelerando, consegue crescer; o Japão
possui ummercado bastante estável, similar aos EUA. OMé-
xico apresenta ummercado economicamente estável e que
resulta em crescimento da sua indústria de impressão. Onde
a Kodak atua há crescimentomoderado ou não. O ponto im-
portante é que há condições de expandir tanto em hardware
como em software.
GRAPHPRINT: Nessesentido,emqual regiãoaKodakestá
bem estabelecida? Em contrapartida, qual precisa ser
mais bem trabalhada?
Matteucci:
Atualmente, aKodak talvez, sejaoúnicoprovedor
com produtos para o mercado offset
e digital, com a Nexpress e Prosper.
Participamos de ambos com investi-
mentosdiferenciados. Hápaísesonde
temos fábricas locais e outros não. O
Brasil é um exemplo de grande suces-
so quanto ao uso das chapas Sonora,
commais de50%donosso volumede
vendas. Em outros países não chega
a 20%. Quando olhamos para a Índia,
que tem o dobro do tamanho do Bra-
sil em termos de impressão, acredito
que faremos um trabalho melhor na
área de chapas para offset. No âmbito
digital, temos uma das maiores insta-
laçõesdomundo.
GRAPHPRINT: Para uma empresa
onipresentemundialmente, a osci-
lação cambial ajuda ou atrapalha?
Matteucci:
Eu acho que a desvalori-
zação damoeda local faz com que os
clientes segurem seus investimentos.
Praticamente todas as nações emde-
senvolvimento vivem ou passaram por uma recente desvalo-
rizaçãodamoeda. Hádoisanos, por exemplo, o yen, amoeda
japonesa, valia 80 por dólar; hoje está em 120 aproximada-
mente. O impacto é direto no investidor local. Há alguns paí-
sesemdeclíniomomentâneo,masquecertamente voltarãoa
investir. Adesvalorização damoeda brasileira frente ao dólar,
para a Kodak, que assim comomuitas outras empresas que
alcança um volume de vendasmaior fora dos EUA, prejudica,
pois há o reporte na bolsa deNY emmoeda americana. Nos-
sos clientes tambémperdem o poder de investimentos.
Em contrapartida, a Drupa também vai impulsionar omerca-
domundial. Falando emDrupa, como o perfil da feira é apre-
sentar tecnologia, a Kodak não vai fugir a regra. Vamos com
novidades tantoemoffset comoemdigital, alémde inovação
na área de software. Nosso objetivo é ajudar os clientes a
buscarem a combinação produtividade commenos custo e
mais qualidade.
Eu acredito que aDrupa de 2016 será focada em sustentabili-
dade,alémdo inkjet cadavezmais forteeuma formacadavez
mais ‘mobile’ de se relacionar com seunegócio.Mesmoassim
confiona sustentabilidadecomoagrandeaçãoda feira.
GRAPHPRINT: A Kodak pensa tanto em hardware como
“O compromisso da Kodak
com os impressores émanter
seus negócios relevantes, além
de apresentar condições para
diminuir os custos de produção.
Nos dias atuais, por exemplo,
a chapa Sonora consegue
ser sustentável na prática.A
Kodak está sempre pronta para
desenvolver novosmodelos de
negócios, como, por exemplo, o
sistema de impressão inkjet, que
apresenta uma competitividade
interessante em termos de custo
e de aplicação.”
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