Revista Graphprint - Edição 149 - page 36

Gerenciamento de cores
GRAPHPRINT NOV 14
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tros, seja seguindopadrões internacionais,
como ISO e Fogra, ou criando etapas de
controle de produção, para avaliar se a
qualidadedo impressoestádentrodaqua-
lidadepré-estabelecidapelaempresa.”
O primeiro passo é definir uma referên-
cia que pode ser criada na própria gráfica
ou um standard de mercado, como a ISO
12647. “Depois se deve determinar se a
solução de impressão digital é capaz de
atender esse requerimento, não só em
cor, durante a calibração, mas também
a estabilidade no processo. É importan-
te verificar se a solução da impressora e
controladora possui certificação por algu-
ma entidade, como, por exemplo, a Fogra.
Podemos considerar dois grupos de fato-
res: os externos, tendo como principais, a
temperaturaeumidade; eos internos,que
são as variações do próprio equipamento.
As soluções Fiery, da EFI, garantem um
ótimo controle de qualidade do processo,
de maneira que o próprio cliente realize
com facilidade. A EFI oferece treinamen-
tos online e presenciais nos EUA sobre
esse assunto para os clientes que dese-
jam ter um profundo conhecimento no
tema”, detalhaTomoyose.
Santos diz que é preciso fazer uma reu-
nião, definir os fornecedores, padronizar
os insumos e os processos de produção.
“Em seguida, treinar a equipe com funda-
mentos de colorimetria e então começar
imprimir e a calibrar todo o processo.”
No design, o desafio relacionado ao ge-
renciamento de cores é entender como
uma cor em umamente criativa se traduz
em uma cor real aplicada em determina-
do substratoe levar issoemconsideração
duranteoprocessodecriação.“Empresas
de impressão gastammuitas horas expli-
cando aos gerentes de produto e direto-
res de arte por que a cor impressa não é
exatamente a mesma cor que eles esco-
lheram. E, de fato, é realmente frustrante
não só para eles, porque nós geralmente
temos que encarar o mesmo desafio. A
solução para isso é PantoneLive. A ideia
foi expandir os livros Pantone com refe-
rências de cores disponíveis na nuvem.
Essas referências de cores não são ape-
nas baseadas em uma tinta ou um subs-
trato, como em um livro de amostras de
cores. Com o PantoneLive o usuário pode
encontrar o valor L*a*b* de comouma cor
é impressa utilizando diferentes tecnolo-
gias, substratos e tintas”, diz Ramos.
Aindadeacordocomo vice-presidenteda
Esko, os donos de marcas podem definir
umaespecificaçãodecorearquivaressas
cores na nuvem, a fim de comunicá-las
aos designers e a toda cadeia de supri-
mentos de impressão. Qualquer designer
com uma assinatura pode acessar Pan-
toneLive: “Isso permitirá baixar os perfis
de tinta a partir de qualquer computador.
As cores também são organizadas por
substrato e processo de impressão. Es-
ses livros de tinta podem ser importados
para todas as principais ferramentas de
software de design de embalagens, como
o Adobe Illustrator, Photoshop, Esko Pa-
ckage, eArtpro. Usando essa tecnologia é
possível queodesigner selecioneomate-
rial eoprocessoeobtenhauma visualiza-
ção precisa de como será a embalagem.”
Ainda assim, o designer também pode
olhar para cores diferentes e determinar
qual é a cormais próxima que, por exem-
plo, pode ser impressa em flexografia
sobre um polipropileno branco para se
igualar à cor impressa em offset. A cor
final pode ser comunicada com precisão
damesa do designer até o laboratório de
tinta dentro da gráfica. Basta que todos
estejam conectados ao PantoneLive. “O
conceito permite previsibilidade a todo
o processo, e reduz o tempo mal utili-
zado, reclamações e muita frustração.
Pré-impressão e convertedores também
se beneficiam dessa tecnologia. Eles po-
dem acessar a mesma definição de cor,
que não é apenas uma referência, é um
valor impresso possível de ser alcança-
do. O processo é ainda mais poderoso
quando os donos demarca perfilam suas
cores e compartilham essas informações
com seus fornecedores. Agora eles po-
dem controlar o processo desde o início.
Eles não precisam esperar por desculpas,
porque eles poderão saber o que será
impresso e com qual tecnologia, inde-
pendentemente de quem esteja fazendo
isso”, detalhaRamos.
Ossistemasautomatizadosmedemdados
de qualidade constante durante a produ-
ção. É possível saber, cópia a cópia, quais
estavam fora do padrão de qualidade
pré-definido. “Mais importante ainda: é
possível atrelar asmediçõesdequalidade
com diversas outras varáveis de proces-
so. É possível saber, por exemplo, como
determinado insumo afetou o desperdício
e a qualidade de um trabalho, comparado
comoutroqueusava insumo concorrente.
Assim, um engenheiro gráfico consegue
estatisticamente determinar os fatores
críticos de qualidade, suas causas, raiz e,
assim determinar soluções eficientes que
reduzam custo e aumentem a qualidade”,
diz Coutinho.
Coutinho citaaPosigraf comoexemplode
empresa que utiliza o sistema de gestão
da qualidade IQM, que relaciona todas
essas variáveis automaticamente e gera
relatórios customizáveis: “Assim, num
processodemelhoria contínua, aPosigraf
consegue saber exatamente os níveis de
produtividade de cada uma de suas má-
quinas e traçar as ações que podem ser
feitas paramelhorar aindamais.”
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