Revista Graphprint - Edição 170 - page 45

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EMBALAGEM
Após seis períodos de quedas consecutivas, a indústria de emba-
lagem registra crescimento de 2,54%, no segundo trimestre de
2016, em comparação comamédiados trêsmeses anteriores, na
série com ajuste sazonal. O dado é do Estudo Macroeconômico
da Embalagem Abre/FGV “Retrospectiva do Primeiro Semestre e
Perspectivas para o Fechamento de 2016”.
Com valor bruto de produção previsto para o ano na casa de
R$ 60,6 bilhões, o setor apresentou recuo de 5,1% na produção
física da embalagem no primeiro semestre de 2016. Na se-
gunda metade do ano, a variação não deverá ser tão negativa,
chegando a -0,2%, permitindo assim que o setor termine 2016
com uma redução de 2,6% na produção física e com perspec-
tivas melhores para o ano seguinte, segundo os resultados e
estimativas tradicionalmente apuradas pela Abre há 19 anos,
sob a chancela do Instituto Brasileiro de Economia da Funda-
ção Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
Na opinião de Salomão Quadros, economista responsável pelo
estudo, os números refletem uma composição diferente, compa-
rados ao trimestre anterior. “Atender à indústria de bens de con-
sumo não duráveis faz com que a indústria de embalagens sofra
menos oscilações que as demais, o que acaba gerando uma de-
ASSOCIAÇÃOBRASILEIRADEEMBALAGEM (ABRE) DIVULGAOTRADICIONAL ESTUDO
MACROECONÔMICODAEMBALAGEM“RETROSPECTIVADOPRIMEIROSEMESTREE
PERSPECTIVASPARAO FECHAMENTODE 2016”
EstudodaAbre apontamelhorapara
os próximosmeses
terminada estabilidade, porém depende muito do consumo para
quehajaum crescimento relevante. Aoque tudo indica o segundo
semestre será melhor, dando continuidade às mudanças de tra-
jetória já observadas em quase todas as variáveis econômicas.
É importante ressaltarmos que muito diferente de 2010, a saída
dessa crise será bem gradativa e só ganhará velocidade depois
que o consumidor ajeitar suas dividas e retomar de forma segura
a confiança”, afirma.
Para Luciana Pellegrino, diretora executiva da Abre, o resultado
negativo previsto para 2016 está calcado, principalmente, no pri-
meiro semestre do ano, ou seja, tudo indica que o pior já passou
e,gradativamente, começaamelhorar.A indústriadeembalagens,
por atender emmaior volume o setor de bens de consumo não
duráveis, prevê a sua retomada antes de outros setores, como o
de bens duráveis ou automóveis.
O estudo aborda também os números de importações e expor-
tações, índices de confiança da indústria e do consumidor, além
do consumo das famílias. Com volume total de US$ 247,301, as
exportações tiveram recuo de 7,86%.
As importações ficaram na casa de US$ 226.363, com recuo de
31,95% com retração em todas as classes demateriais.
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