Revista Graphprint - Edição 166 - page 18

Especial - Drupa 2016
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as solas dos sapatos, de pavilhão em pavilhão, o empresariado
conversa consigo mesmo sobre como vai exercer a adaptação e
o investimento na transformação dasmarcas, além de alavancar
negócios e melhorar a gestão. Crises, como as vividas no Brasil
agora, criamoportunidadesdeadaptação,movimentoemudança.
PERFILDOMERCADOBRASILEIRO
A despeito do cenário de crise econômica no Brasil, a indústria
gráfica brasileira, com 20.478 empresas e empregadora de 201
mil trabalhadores, manteve razoável portfólio de investimentos
nos dois últimos anos, na importação demáquinas e equipamen-
tos: US$ 697 milhões, em 2015, e US$ 975 milhões, em 2014.
“Com aporte acumulado de US$ 6,86 bilhões de 2010 a 2015, o
setor manteve um processo de atualização tecnológica que o ali-
nha dentre os mais avançados domundo e na vanguarda latino-
-americana”, salienta Levi Ceregato, presidente da Associação
Brasileira da IndústriaGráfica (Abigraf Nacional).
Em 2015, o faturamento do parque impressor brasileiro, foi de R$
45 bilhões de reais, equivalentes a US$ 13,5 bilhões, ao câmbio
médio de 2015. Nove segmentos formam seu universo de atua-
ção, que contemplaembalagens (42,7%); publicações– livros, re-
vistas,manuais e guias (26,1%); impressos promocionais (9,7%);
impressos de segurança, fiscais, formulários (6,7%); etiquetas
(4,9%); cadernos (3,2%); atividadesdepré-impressão (3,2%); car-
tões (2,9%) eenvelopes (0,5%).Aparticipaçãoda indústriagráfica
no Produto Interno Bruto do Brasil (PIB) é de 0,3%, enquanto na
indústria de transformação é de 3%.
O setor mantém expectativa positivas quanto às mudanças que
ocorrem no cenário político do Brasil, esperando que elas propor-
cionem a adoção de políticas públicas mais eficazes para a re-
tomada do crescimento econômico. A indústria gráfica brasileira
ainda épouco integrada economicamente,mas hámuitas oportu-
nidadesaseremexploradas. Noúltimoexercício, tevecomomaio-
res compradores dos seus produtos os países latinos, somando
68% do total, e também os Estados Unidos, com 16%. Omerca-
do nacional importou impressos da China (24%), Estados Unidos
(19%) e Hong Kong (7%), dentre outra nações. Das compras ex-
ternas, 27% são originárias de países europeus –Suíça, Espanha,
Reino Unido, Itália, França eAlemanha. Em 2015, as importações
alcançaram US$ 378,4milhões, e as exportações, US$ 270,4mi-
lhões, resultando em déficit na balança comercial setorial deUS$
108milhões (FOB).
Tal qual se observa em todo o mundo, a maioria das empresas
gráficas brasileiras, ou 97%, é formada por microempresas com
até 9 empregados, e de pequeno porte (de 10 a 49 empregados).
Umaparcelademédioporte (de50a249empregados) correspon-
de a 2,6% do segmento, enquanto as grandes empresas (de 250
oumais empregados) abrangem0,5%do setor.
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