Revista Graphprint - Edição 141 - page 9

GRAPHPRINT MAR 14
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ENTREVISTA
Agora, em relação às particularidades do ano, há pontos po-
sitivos e desafios. A ExpoPrint, por exemplo, tende a movi-
mentar o mercado após sua realização. Hoje, de modo geral,
os empresários olham para as feiras mais como uma oportu-
nidade de bons negócios e de ver, na prática, alguns novos
modelos, do que como um centro de novidades tecnológicas,
pois já chegam ao evento informados sobre o que será visto.
GRAPHPRINT: Os novos tempos da Ferrostaal e da própria
indústria podem trazer novas representadas?
Möller:
Temos interesse em todos os mercados onde há pers-
pectivas de crescimento. A partir deste ano estamos entrando
no mercado de ‘sign & display’, através da nova parceria com
a FujiFilm. Passamos a representar as linhas de equipamen-
tos FujiFilm wide-format.
A parceria com a MGI atende um nicho importante dentro da
impressão digital. Com a FujiFilm estamos expandindo nosso
portfólio digital. A representação da Fuji permite nossa entra-
da nos segmentos de comunicação visual, serigrafia e inkjet
UV para aplicações sobre inúmeros tipos de substratos em
grandes formatos.
Estamos atentos a novas oportunidades, novas parcerias e
novos mercados. Sempre buscaremos soluções interessan-
tes que agreguem perspectivas boas aos nossos clientes.
Nossa projeção é de crescimento em vendas para 2014, mas
não falamos em números. Em 2013 tivemos um volume ge-
ral de vendas abaixo do projetado, mas não fomos exceção
no mercado. Com quase todas as nossas linhas ganhamos
market share. O bolo foi menor do que todos esperavam, mas
nossa fatia cresceu. Almejávamos mais, não posso negar,
mas não podemos reclamar.
GRAPHPRINT: Sente que o gráfico está disposto a investir
em novas vertentes?
Möller:
Vejo todos os tipos de reações entre nossos clientes.
O fato é que, sem exceção, o gráfico já enxergou que aquele
negócio que deu certo a vida toda terá de ser repensado mais
cedo ou mais tarde. Uns falam em crescimento e aquisições,
outros questionam a validade de manter o negócio. Há quem
pense na diferenciação para aumentar margens, outros que
querem produzir cada vez mais barato. Uns enxergam as mu-
danças como oportunidade, e outros, como a derrocada do
segmento.
O fato é que todos sabem que é preciso mexer. Seguir apenas
o modelo tradicional, que foi bom no passado, pode significar
o fim da linha. Mudanças são necessárias e investimento em
tecnologia também.
Gráfica ainda é um segmento bom. Há diversas empresas
saudáveis. O empresário que tem a marca estabelecida, com
conhecimento de mercado, não tem interesse em mudar. O de-
safio está na readequação interna e em relação ao mercado.
GRAPHPRINT: A atual miríade de tecnologias afetará o
caminhar da indústria gráfica?
Möller:
Claro que a forte entrada das tecnologias ligadas à
mídia digital, como internet, tablets e smartphones, afeta de
alguma forma segmentos como o promocional e o editorial.
Sabemos que em determinado momento, não sei quando,
tudo, ou quase tudo, que lemos estará acessível digitalmente.
Outros segmentos serão menos impactados.
Hoje, embora haja uma migração de parte do público leitor
para mídias não impressas, a realidade não é essa. O número
de títulos de revistas e jornais, por exemplo, segue crescente,
embora com tiragens menores. Mais uma vez, ressalto que
há um mercado em transformação e que muitas oportunida-
des surgem nestes momentos. Há sinergia entre a mídia im-
pressa e eletrônica. Quem encara o tablet como concorrente
do impresso está equivocado.
O segmento gráfico ainda oferecerá muitas oportunidades
para os empresários que estiverem atentos às oportunida-
des e com disposição para se adequar às mudanças pedi-
das pelo mercado.
“Temos interesse em todos os mercados onde
há perspectivas de crescimento. A partir deste
ano estamos entrando no mercado de ‘sign
& display’, através da nova parceria com a
FujiFilm. Passamos a representar as linhas de
equipamentos FujiFilm wide-format.”
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