Revista Graphprint - Edição 160 - page 30

MERCADOEDITORIAL
GRAPHPRINT NOVEMBRO 15
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Em 2015, a Mundo Cristão (MC) comemora cinco
décadas servindo como instrumento para a trans-
formação de vidas. Sendo um dos principais selos
editoriais do país, aMCmantém comomarca a pro-
duçãode livros vitaisparao cristianismobrasileiroe
o fortalecimento das famílias.
Fundada em 1965 por Peter Cunliffe, missionário
americano, os trabalhos daMC foram iniciados atra-
vés da revistaMundo Cristão, de orientação à famí-
lia. Publicou dezenas de livros, entre eles A Bíblia
Viva, tradução que marcou a história da evangeli-
zação no Brasil com a distribuição gratuita demais
de 20milhões de exemplares doNovoTestamentoO
mais importante é o amor.
Em 1985, Peter Cunliffe, que tinha planos de fundar
uma editora na França, convidou o americanoMark
Carpenter para trabalhar à frente da empresa: “Pre-
cisei compreender nossas maiores carências e fra-
gilidades, para dar conta do trabalho que estaria por
vir. Sempre soube que o melhor caminho era o ex-
celente serviço aos nossos leitores, e procurei con-
tagiar a equipe com a ideia da excelência em tudo”,
afirma Carpenter, que é jornalista,mestre em Letras
Modernas e, desde então, presidente daMC.
LeiaaseguirumaentrevistacomCarpenterecomoa
empresa enxerga omercado de impressão.
Meio século com os olhos no futuro
GRAPHPRINT: Completar 50 anos de existência nomercado edito-
rial brasileiro acaba sendo um fato reservado aos fortes. Como a
empresa consegue se diferenciar no segmento?
Carpenter:
Nossodiferencial é o foco constante sobre as necessidades
reais do leitor. O catálogo daMundo Cristão é composto de obras sobre
espiritualidade e significado, áreas de conhecimento e inspiração sobre
as quais nossos leitores definem sua identidade e consolidam seus ob-
jetivosde vida. Haverá sempremercadopara livrosque, de fato, ajudem
os leitores no processo positivo de transformação de valores e alvos.
GRAPHPRINT: Enquanto muitas previsões ditam o “fim” da mídia
impressa, a Editora Mundo Cristão se apresenta como uma em-
presa que crê no potencial do setor. Hoje seria correto dizer que o
futuro passa, necessariamente, por este tipo demídia?
Carpenter:
Importante distinguir entre publicações periódicas e livros.
Muitos leitoresde revistase jornaismigraramparaplataformasdigitais,
sem sentir falta dos elementos físicos do modelo anterior. No mundo
há cada vez mais interesse pelo texto e pela imagem, mas o consumo
deste tipo de conteúdo é rápido, espontâneo e nem sempre linear. Essa
dinâmicadeconsumocombinanaturalmentecomanaturezaetéreados
websiteseapps.Mas,nocasodos livros,aplataformadigital é limitada.
Por isto o ritmo de crescimento de vendas de e-books está em queda.
Há no livro tradicional, de papel, elementos essenciais para a experiên-
cia sensorial da leituraeda retençãodaquiloque se lê.Muitos observa-
dores acreditam que haverá uma sobrevida para o livro tradicional, que
pode ainda durar décadas.
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