Revista Graphprint - Edição 151 - page 58

ARTIGO
GRAPHPRINT JAN/FEV 15
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A imbatível confiabilidade
damídia impressa
PorSidneyAnversaVictor*
*Empresário,épresidentedaAbigraf Regional SãoPaulo (Associação
Brasileirada IndústriaGráfica-SP).
A redução do número de páginas de jornais e revistas e até a
extinção de alguns títulos bastante conhecidos, tanto no Brasil
quanto no exterior, são os aspectos mais visíveis para a opinião
pública dos desafios enfrentados atualmente pela indústria gráfi-
caanteaconcorrênciacoma internet, as redes sociaiseasnovas
mídias. Independentemente dos problemas econômicos de nosso
paísedaduradouracrise internacional desde2008,háumaques-
tãobásicaasermelhor entendidaeenfrentada:o impressoversus
o eletrônico.
Édessamaneira, ao que parece, que o importante tema vem sen-
do assimilado pelo público em geral. No entanto, os agentes do
mercado, os empresários, os gestores e os executivos de toda a
cadeia produtiva da comunicação gráfica não podem concordar
com essa visão simplista do problema. Também não devem con-
formar-se com a previsão dramática de que o seu negócio segue
irremediavelmenteparaaextinção, comoàs vezes citamalgumas
matérias veiculadas na própria imprensa.
Mais do que nunca, é preciso pensar, agir e reagir! Para isso, a
melhor estratégia a ser adotada émuito semelhante à que sem-
pre fazemos quando nos deparamos em nossas atividades com
as dificuldadesque seapresentamnosmomentosemqueocorreo
aumento da concorrência:melhorar a qualidade, entender o foco e
as necessidades domercado, buscarmelhor produtividade e preço
e, principalmente, fazer prevalecer, aos olhos do cliente, os diferen-
ciais, o detalhe que só você tem, aquele quê de inovação, aplica-
bilidade e soluções que agregam imenso valor e tornam único um
produtoouserviço. Sabemosmuitobem fazer essas liçõesdecasa.
Ao analisarmos a questão por esse ângulomais pragmático, a in-
dústriagráfica temnumerosos diferenciais. No casodo segmento
editorial, aqui considerando, emespecial, os jornais e revistaspe-
riódicos vendidos em banca ou por meio de assinaturas, um dos
seus atributos mais importantes é a credibilidade da informação
que veiculam, qualidade que emprestam, aliás, às suas edições
online. A internet como um todo, entretanto, não desfruta dessa
virtude, poismuitos blogs, as redes sociais e até alguns sites in-
vestidos de pretensa seriedade não têm qualquer compromisso
com a verdade e com os princípios do bom jornalismo. Quanto
mais confiável for o conteúdo de um veículo de comunicação,
maior será sua chance de concorrer e sobreviver na disputa com
outrasmídias, em especial as que habitam omundo daweb.
Cabe à própriamídia gráfica contribuir para que todos esses con-
ceitos cheguemdemodomais claro e constante àpopulação, aos
consumidores e aos formadores de opinião pública. Fico preocu-
padoquandovejomeiosdecomunicação impressosprevendosua
própria extinção e propondo a criação de cotas e subsídios por
partedoEstadopara“democratizar”a imprensa. Ora, taisalterna-
tivas atentariam contra a liberdade de expressão, uma dasmaio-
resconquistasdacivilização,eexporiamosveículosà inadequada
tutela do governo de plantão.
Definitivamente, não é de propostas assim que a cadeia produti-
va da comunicação impressa e a indústria gráfica precisam. Não
precisam e não querem! É urgente, sim, entendermos commais
profundidade e clareza todas as transformações domercado e do
mundo, percebermos como os nossos diferenciais encaixam-se
nessas irreversíveis mudanças e torná-los os principais fatores
de nossa viável sobrevivência no novo ambiente de negócios da
economia e da comunicação globais.
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