Revista Graphprint - Edição 151 - page 57

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Impressão 3D, uma realidade
cada vezmais presente
Por LuizFernandoDompieri*
No final do século 18 o mundo viu ter início aquela que é considerada a pri-
meira Revolução Industrial, responsável por transformar toda a produção de
fábricas na Europa e, anos depois, nos Estados Unidos. Foi nesse período que
surgiram as primeiras máquinas e, consequentemente, enxergou-se que, de
fato, era possível evoluir na execução de processos industriais. Mais de 200
anosdepois, jános anos1990, foi ogrande“boom”da internet quedeixou sua
marcaemudouomododecomunicação,comercializaçãoe,certamente,avida
de todos nós.
Desde então, a tecnologia não parou de evoluir e nos apresenta novidades
a todo instante. Mas, mesmo diante de um avanço tão rápido, quem poderia
imaginar, hápouquíssimo tempo, que seriapossível imprimir objetosdentroda
nossaprópria casa?É aí que surge a impressão3D, uma inovaçãoque chegou
aos poucos, movimentou US$ 3 bilhões ao redor do mundo em 2013 e deve
movimentar US$21bilhões em2020.
Para alguns, as impressoras 3D podem vir a ser as responsáveis pela terceira
revolução industrial, já que estão presentes emmuitos processos fabris. Elas
começarama revolucionar os setoresquemaisdemandamesse tipode tecno-
logia e surgiu, então, o trabalho comprotótipos impressos em três dimensões.
Bons exemplos são asmontadoras automobilísticas e as grandes indústrias.
Quando o assunto são as novas tecnologias, o Brasil precisa ser citado. Uma
pesquisa realizadaháalgunsanospelaAccenture,empresaglobal deconsultoria
eoutsourcing,ouviuosconsumidoresdeoitopaíseseapontouqueosbrasileiros
sãoaqueles quemais consomemeletrônicos em15 categorias deprodutos. Ea
impressão tridimensional éomelhorexemplodessapaixãonacional:nosúltimos
anos, as vendas de equipamentos ligados a essa tecnologia vêm dobrando a
cadaano, comprevisõesaindamaisotimistasparao futuropróximo.
O fatoéqueoBrasil,maisqueagrandemaioriadospaíses, estápresenciando
ademocratizaçãoda impressão3D, que se faz presenteemdiversos ramos do
mercado.Agora,qualquer pequenooumédioempresáriopodeobter amáquina
e conhecer deperto seus benefícios. Ninguémmais, porém, queo consumidor
final, a pessoa física, tem tido acesso às impressoras tridimensionais, seja
parausá-lascomoumaparelhoútil nodiaadiaouapenasparabrincar comas
inúmeras formas de criação que elas permitem.
Um dosmotivos principais para o latente crescimento na procura pelos equi-
pamentos é a baixa nos preços. Com valor padrão sempre próximo de R$ 40
mil, e geralmente acessíveis apenas para grandes empresas, as impressoras
3D hoje já existem nomodelo pessoal e custam cerca deR$ 5,5mil – ou seja,
podem ser adquiridaspor qualquer pessoaque tenhacertopoder deconsumo.
*Diretorgeral daRobtec
A conclusão a que chegamos é que as pessoas
e instituições, cada vezmais, passam a enxergar
uma utilidade diferente nas impressoras 3D. As
máquinas já estão presentes namedicina, sendo
capazes de criar um novo crânio a acidentados;
naproduçãode joias, aoproporcionaremosdeta-
lhes necessários para os objetos; na arquitetura,
ao imprimiremmaquetes inteiras de uma só vez;
nomercadomusical, em que as primeiras guitar-
ras totalmente impressas em três dimensões já
começam a ser desenvolvidas; e, para citar um
último exemplo, nos shoppings centers, onde
ganham espaço em quiosques que imprimem
miniaturas de pessoas. A cada dia, novos equi-
pamentossão lançados,novasaplicaçõessãoen-
contradas e novos usuários aderem à tendência.
Embora tudoaindasejamuitonovo,essepodeser
o começo de uma revolução.
ARTIGO
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