Revista Graphprint - Edição 149 - page 52

Cenário
GRAPHPRINT NOV 14
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A produção física da indústria gráfica brasileira caiu 1,8% no
segundo trimestreem relaçãoaos trêsprimeirosmesesdoano.
Frente ao mesmo período em 2013, o resultado indica queda
de 9,9%. Os números, elaborados pela Associação Brasileira
da Indústria Gráfica (Abigraf) com base na Pesquisa Industrial
Mensal do IBGE, têm alcance nacional.
Atento ao risco de novas retrações, o setor reviu para baixo a
projeção para o ano. “Prevíamos queda de 1,7% na produção
anual,mas acreditamos que o recuodeve atingir 3,5%”, afirma
Levi Ceregato, presidente nacional daAbigraf.
A crisenaArgentina (importanteparceiro comercial do setor), a
alta de juros, a ameaça de crise energética e a alta nos preços
e 824 mil unidades (resultado apenas 1,6% inferior ao primeiro
semestre de 2013). Em valores, omercadomovimentou US$ 454
milhões.
Do ponto de vista tecnológico, de acordo com a IDCBrasil, omer-
cado também vem passando por mudanças nos últimos anos: os
equipamentos da tecnologia jato de tinta (que primordialmente
atendiam somente às necessidades de pequenos volumes de im-
pressão–geralmenteusuáriosdomésticosedepequenasempre-
sas) estão se tornando cada vezmais robustos, rápidos e capazes
de atender também às demandas demédias empresas e de volu-
mes cada vezmaiores de impressão.
Nomercado laser, analisa a empresa, omovimento também está
seconvergindoparaperfisdeconsumodemenoresnecessidades.
A tecnologia laser tradicionalmenteeravoltadaparademandasdo
segmento corporativo, de modo que os fabricantes não só estão
mantendo sua atuação no segmento corporativo como também
estão ofertando linhas deprodutos voltadas aomercado domésti-
co, profissionais liberais e pequenas empresas.
Comquedade 1,8%nosegundosemestre, indústriagráfica
recuanaprojeçãoparaoano
de energia nomercado livre, o aumento da inadimplência pe-
las empresas eoenfraquecimentogeneralizadodaeconomia
são alguns fatores que levaram o setor a rever suas expec-
tativas. “Além disso, os dias parados durante a Copa foram
negativos para a indústria de transformação, embora parte
dos efeitos ainda possa ser revertida ao longo do segundo
semestre”, ponderaCeregato.
A revisão de expectativas para baixo não surpreende. O Índi-
ce de Confiança do Empresário Gráfico, apurado no segundo
trimestre, já indicava o pessimismo do empresário do setor
ao registrar 48,3 pontos, abaixo da linha de neutralidade de
50pontos.
1...,42,43,44,45,46,47,48,49,50,51 53,54,55,56,57,58,59,60
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