Revista Graphprint - Edição 187

GRAPHPRINT Set/Out 2018 28 todo papel produzido retorna a cadeia, como por exemplo, livros, documentos e caixas utilizadas para guardar objetos. ABRINDO NOVOS MERCADOS Gabriella Michelucci, diretora de Embalagens da Klabin, ressalta que a Klabin trabalha com duas fontes na produção de suas em- balagens: papéis de fibra virgem e de fibras recicladas. “O papel é uma alternativa atual, sustentável, de fonte renovável e com to- das as características que valorizam um produto, que tem um ciclo pronto”, diz. Muitas embalagens que hoje são produzidas em outros materiais podem ser transferidas para embalagens de papel de fonte renová- vel. “O que o mercado valorizava ontem não é o que será valorizado daqui para frente pois o consumidor está presente nessa discussão e passou a exigir sustentabilidade nas embalagens dos produtos. Nossa prioridade é o desenvolvimento de produtos inovadores, as- sociando embalagens de papel com barreiras advindas de fontes re- nováveis como uma alternativa às soluções atuais. As fibras, virgens ou recicladas, utilizadas na fabricação das embalagens de papelão ondulado definem sua utilização”, explica Gabriella. A linha branca de eletrodomésticos é um exemplo de segmento que está retornando ao papel como embalagem. “A embalagem de papelão ondulado se adapta aos diferentes formatos do produto, às demandas por sustentabilidade e se adequa à criação de identifica- ção do branding dos clientes, a partir de sua total customização”, destaca. Amando Varella, diretor comercial da Papirus, aponta os mercado que podem ser atendidos: “Vários mercados podem utilizar papel- cartão reciclado, farmacêuticos, alimentos, cosméticos, promocio- nal, editorial, vestuário, e muitos outros”. A executiva de inovação de embalagens da Ibema, Fabiane Stascho- wer, detecta que mercados que sempre valorizaram apenas cartões fibras virgens – devido a baixa qualidade de alguns papéis recicla- dos, hoje já está se modificando e abrindo espaço para esse tipo de papel. “Mesmo porque a qualidade dos reciclados também está cada vez melhor. Além dos reciclados, novas aplicações em papel que podem substituir outras matérias-primas”, completa. O combate ao plástico se torna aliado Desde que foi instituído, em 1974, o Dia Mundial do Meio Am- biente se tornou a principal plataforma global para sensibilizar pes- soas, organizações e países sobre a proteção da natureza. Este ano, com o tema #AcabeComAPoluiçãoPlástica, a data soma esforços à campanha #MaresLimpos da ONUMeio Ambiente para combater o lixo marinho e mobilizar todos os setores da sociedade global no enfrentamento deste problema - que se não for solucio- nado, poderá resultar em mais plástico do que peixes nos oceanos até 2050. A poluição plástica é considerada uma das principais causas atuais de danos ao meio ambiente e à saúde. Mesmo assim, os números da produção e descarte incorreto deste material não param de crescer. Mais plástico foi produzido na última década do que em todo o século passado. Por ano, são consumidas até 5 trilhões de sacolas plásticas em todo o planeta. A cada minuto, são compradas 1 milhão de garrafas plásticas e 90% da água engarrafada contêm microplásticos. Metade do plástico consumido pelos humanos é descartável (e evitável) e pelo menos FABIANE STASCHOWER, EXECUTIVA DE INOVAÇÃO DE EMBALAGENS DA IBEMA: “Mercados que sempre valorizaram apenas cartões fibras virgens, devido a baixa qualidade de alguns papéis reciclados, hoje já está se modificando e abrindo espaço para esse tipo de papel. Mesmo porque a qualidade dos reciclados também está cada vez melhor. Além dos reciclados, novas aplicações em papel que podem substituir outras matérias-primas.”

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