Revista Graphprint - Edição 187

GRAPHPRINT Set/Out 2018 29 13 milhões de toneladas vão parar nos oceanos anualmente, pre- judicando 600 espécies marinhas, das quais 15% estão ameaçadas de extinção. Mais de 100 países já se uniram sob o slogan do Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano e se comprometeram com atividades, co- mo mutirões de limpeza de praias e florestas, e anúncios de políticas públicas voltadas ao descarte e consumo responsável do plástico. Para o diretor-executivo da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim, este é um momento crucial para reverter a maré de poluição glo- bal. “Precisamos encontrar soluções melhores e mais rápidas do que nunca. Desistir não é uma opção para nós. Agora é a hora de agir juntos - independentemente da nossa idade - pelo bem do nosso planeta”, alertou. Ao ser indagada se o combate ao uso do plástico, em diversos meios, já reflete positivamente no setor de papéis reciclados, Fa- biane, da Ibema, é direta: “Essa demanda por papel reciclado já estava aparecendo, mesmo antes de todos essas campanhas contra o plástico. Esse combate intensificou a visão do papel como um todo, não apenas o reciclado.” Para Juliana Gomes, gerente de Marketing da Ibema, o papel pas- sou a ter mais força em relação aos outros materiais. “Especialmen- te pela facilidade de reciclagem e por ser produzido a partir de uma fonte renovável: as florestas plantadas”, completa. Gabriella fala que há uma grande mudança no modelo de consu- mo da sociedade, que afeta toda a cadeia produtiva, passando por empresas e chegando ao consumidor final. A busca por embalagens mais leves, resistentes, sustentáveis e biodegradáveis muda a dinâ- mica do mercado. “No Brasil, praticamente 70% das embalagens de papelão ondu- lado utilizam papel reciclado em sua composição. Com o objetivo de dar respostas ao novo cenário que demanda sustentabilidade em suas atividades e na entrega de seus produtos, as empresas estarão buscando cada vez mais o uso de papel em suas embalagens”, fala a executiva da Klabin. O mercado não deixa de considerar e ponderar o efeito dos custos, o que altera o equilíbrio na concorrência entre embalagens feitas com outros materiais. “Entendemos que, com relação a embala- gens primárias, a migração para embalagens de papel apresentará um movimento mais gradual , de desenvolvimento. Quanto às em- balagens de transporte que ficam em contato direto com o produ- to, como é o caso de alimentos, cosméticos entre outros, a solução está pronta”, diz Gabriella acrescentando que há no Brasil uma pro- cura forte pela substituição dos materiais descartáveis e que sejam poluentes ao meio ambiente. “Percebemos que, diante desse cenário de consumo mais exigente, as expectativas para o setor de papel são positivas e a Klabin pode contribuir com embalagens de qualidade, que garantem práticas de consumo consciente, feitas com materiais reciclados e de fibra vir- gem. A Klabin é a maior produtora de papéis para embalagens no país e apoia o consumo consciente. Nossas embalagens fazem parte de uma cadeia inteira renovável, proveniente de matérias-primas naturais e renováveis”, conclui Gabriella. Varella enfatiza que a imagem dos papéis reciclados tem mudado nos últimos anos. “O consumidor tem percebido o valor desse pro- duto pelo impacto positivo tanto no meio ambiente como na so- ciedade com as cooperativas de catadores, que tem desempenhado um papel importante nesse processo”, comenta o diretor comercial da Papirus. NOVIDADES EM PRÁTICA Varella apresenta o lançamento Vitaliner Novo que tem na sua composição 46% de aparas. “Um produto versátil que pode ser GABRIELLA MICHELUCCI, DIRETORA DE EMBALAGENS DA KLABIN: “O papel é uma alternativa atual, sustentável, de fonte renovável e com todas as características que valorizam um produto, que tem um ciclo pronto.”

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