Revista Graphprint - Edição 187

GRAPHPRINT Set/Out 2018 27 De acordo com o site da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), por razões ambientais, econômicas e sociais, a reciclagem de resíduos sólidos é uma atividade crescente no Brasil. Segundo o Compro- misso Empresarial pela Reciclagem (Cempre), comparado a outros países, o Brasil apresenta elevados índices de reciclagem e tem po- tencial de se desenvolver ainda mais nessa área. Em 2017, o índice de recuperação de papel foi recorde de 66,2%, o que equivale a 5 milhões de toneladas que retornam ao processo produtivo. Notícia boa é que no Brasil 100% da produção de papel (incluindo os de embalagens) tem origem nas árvores plantadas, com ciclo de colheita e plantio anual, em um processo renovável e sustentável. A indústria tem um histórico bastante positivo em logística reversa visando à redução de resíduos secos recicláveis nos aterros sanitá- rios, com fortes investimentos em práticas sustentáveis, algo que impacta toda a cadeia produtiva, das florestas aos produtos acaba- dos que chegam ao mercado. A reciclagem envolve uma cadeia que começa na separação dos re- síduos sólidos pelos cidadãos, passando pela coleta, triagem e pre- paração do material recolhido que, em seguida, é encaminhado à indústria para que seja transformado em nova matéria-prima. Sob o ponto de vista econômico, a atividade reduz os custos de produ- ção, distribui riquezas e promove a recuperação de matérias-primas que serão novamente inseridas no ciclo de consumo. Hoje, uma parcela da população brasileira é atendida por serviços municipais de coleta seletiva, e parte desses programas tem a par- ticipação de cooperativas de catadores. É importante salientar que a maior parte do material é encaminhado à indústria do segmento por meio do trabalho dos aparistas. A reciclagem poderia ser ainda maior com políticas públicas de incentivo do governo, iniciativas empresariais, maior organização dos trabalhadores que recolhem os materiais e novas atitudes do consumidor. Para aprofundar as contribuições para o desenvolvimento sus- tentável e colaborar com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) do governo federal, no que tange a sistemas de logística re- versa de embalagens em geral, diversos setores da indústria brasilei- ra com atividades afins, com a participação da Ibá, se uniram para elaborar uma proposta de acordo, na qual assumiram um compro- misso voluntário de instituir um sistema de logística reversa para embalagens visando à redução de resíduos secos recicláveis. A PNRS estabelece a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos por parte da cadeia produtiva na gestão inte- grada dos resíduos sólidos urbanos. Até 2031, a meta do governo federal é diminuir em 45% a fração seca destes resíduos dispostos em aterros. O setor de árvores plantadas tem um histórico em logística reversa bastante positivo, com fortes investimentos em práticas sustentá- veis, algo que impacta toda a cadeia produtiva, das florestas aos produtos acabados que chegam ao mercado. Prova disso é o alto índice de recuperação de papel, que atinge 56,6% do total de papel consumido no País passível de reciclagem, o que faz do Brasil um dos maiores recicladores de papel do mundo. Vale lembrar que há um limite máximo de capacidade de recicla- gem dos diferentes tipos de papel que depende de alguns fatores como: quantidade de vezes que a fibra poderá ser reciclada, a ne- cessidade de adição de fibra virgem no processo de reciclagem asse- gurando padrões mínimos de qualidade, além do fato de que nem AMANDO VARELLA, DIRETOR COMERCIAL DA PAPIRUS: “Vários mercados podem utilizar papelcartão reciclado, farmacêuticos, alimentos, cosméticos, promocional, editorial, vestuário, e muitos outros.”

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