Revista Graphprint - Edição 170 - page 3

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GRAPHPRINT OUTUBRO16
EDITORIAL
Pega caronanessa caudade cometa
Há uma nova ordemmundial onde a imaginação leva a sonhos reais e pal-
páveis. Os relógios estão cada vez mais inteligentes, travestem-se de ce-
lulares; os óculos de realidade aumentada retiram a própria realidade e a
robótica avançada caminha a passos largos quase se tornando íntima da
sociedade. Novos relacionamentos nascem do virtual e, caso haja sinergia,
migram para o real.A humanidade experimenta o começo de uma nova era
quepodemudar amaneira como as pessoas vivem, trabalhame se relacio-
nam umas com as outras. É diferente, vem com a gente.
Recentemente, Klaus Schwab, fundador e presidente executivo do Fórum
EconômicoMundial, lançou o livro“AQuartaRevolução Industrial”, publica-
do no Brasil pela editora Edipro. A obra, que trata sobre as transformações
tecnológicas, descreve as principais características da nova era e destaca
as oportunidades e os dilemas que ela representa. O autor também explica
como a “Quarta Revolução Industrial” é algo fabricado pela humanidade e
a razão pela qual as novas formas de colaboração e governança podem dar
forma a este novo processo para o benefício de todos.
Apremissa desse livro é que a tecnologia e a digitalização irão revolucionar
tudo. Sinto, ao ler o livro, que a frase “se amudança no lado de fora de sua
empresa formais rápidaqueado ladodedentro, ofimestápróximo”nunca
se fez tão verdadeira como agora. Fidelizar, então, acaba sendo fundamen-
tal. Nesta nova era, o empresário tem amissão de viver um passo à frente:
prever aquilo que, em geral, omercado oferece e aquilo que o cliente está
querendo, sem descartar a sazonalidade domercado e dos produtos.
Há uma revolução no trinômio cliente, contexto e forma. Os negócios que
mais crescem nos períodos de crise são justamente aqueles capazes de se
reinventar. Com a economia convalescente e necessitada como nunca de
investimentos para recobrar o ritmo ascendente, a palavra que não quer
calar namente do setor produtivo brasileiro é previsibilidade.No que toca à
atividade industrial,emparticular adamobilidade, sabemosqueohorizonte
para um planejamento é de, nomínimo, de 3 a 5 anos.
Agora, vamos misturar tudo o que já foi escrito até aqui e tentar entender
como a indústria gráfica pode acompanhar o novo tempo. Vai ser preciso
muita literatura para explicar como agir. Para isso, temos a impressão edi-
torial eumparquegráficoquenãodeixaadesejar paraninguém.As vendas
de títulos impressosnasprincipais livrariasdosEUA,ReinoUnidoeAustrália
subiram, enquanto que o desempenho de publicações eletrônicas desa-
ponta alguns competidores. De acordo com o levantamento Nielsen Book
Scan, o número de livros físicos vendidos nos
EUA subiu 2,4% no ano passado, alcançando
635milhões.NoReinoUnido, o setor encolheu
1,3%, mas a queda representa uma melhor
ante 2013, quando as vendas recuaram6,5%.
Teremos mais ações no PDV? Sim. Como vai
ser cada vez mais difícil fisgar o consumidor,
inéditasempreitadasestãopor nascer.Ecerta-
mente vão passar pelamídia da comunicação
por meio dos impressos. Os novo tempos le-
vantados pelo livro em questão são encarados
pelos não acomodados como possibilidade de
novos negócios.
Ao longo da próxima década, embarcaremos
em uma viagemmaluca. Já parou para pensar
como lidará com as rupturas futuras?O come-
ta vai partir.Vai quem fica ou fica quem vai?
Saudações GRAPHPRINTENSES!
Fábio Sabbag
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