Embalagens
GRAPHPRINT NOVEMBRO 15
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Ainda há muitas dúvidas sobre quais
materiais são tecnicamente recicláveis e
quaisefetivamenteo são, quaisasdificul-
dades e a viabilidade.
Em relação às opções de saída de su-
permercado, houve praticamente empate
técnico entre a sacola de palha (27%) e
a de plástico reciclado (24%) e, logo em
seguida, a escolha pela caixa de papelão
(20%). As sacolas de papel (10%) e de
plástico oxibio (9%) ficaram bem abaixo
na preferência, e as de ráfia e bio políme-
ro, com apenas 5% cada.
A eleição da palha foi pelo entendimento
de que seria duradoura e biodegradável.
A segunda escolha foi para a embalagem
de plástico reciclado, pois usa o recurso
pela segunda vez e valoriza a cadeia de
reciclagem, dando uma segunda vida ao
plástico.
Logo em seguida, os respondentes cita-
ram a caixa de papelão, por entenderem
que assim a caixa seria utilizada mais
uma vez.
Ficou claro que os entrevistados carecem
de esclarecimento em relação aos termos
biodegradável, reciclável, oxidegradá-
vel, biopolímero e compostável. Alguns
declararam que escolheram a sacola de
papel por que era biodegradável, porém
damesma forma o são o biopolímero e a
caixa de papelão.
Outros optaram pelo oxidegradável, por
entenderemqueassimomaterial desapa-
receria.Houveconfusãoentresacola reci-
clada e de ráfia, que poderia ser utilizada
dezenas de vezes. Poucos citaram que a
resposta sópoderia ser dada sehouvesse
uma análise de ciclo de vida. Nomínimo,
precisaria saber qual a massa de cada
opção, quantas vezes poderia ser usada
e quais os processos de reciclagem que
estariamdisponíveis.
De acordo com o Instituto de Embala-
gens, baseado no retorno da pesquisa, a
educação deve ser a base da solução da
questão ambiental. Aliás, diz o instituto,
poderia se dar por meio da própria em-
balagem, começando pela rotulagem am-
biental correta e pela orientação do des-
carte seletivo, bem comodisponibilizando
espaços para a coleta seletiva e recursos
paraapesquisade recuperaçãodopoten-
cial das embalagens usadas.