Revista Graphprint - Edição 159 - page 8

Entrevista
GRAPHPRINT OUTUBRO15
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são poucos os títulos publicados. Não tenho toda a pressa do
mundo. Nenhum editor brasileiro até agora ganhou dinheiro
com esse negócio.
GRAPHPRINT: Há investimentos programados daqui em
diante?
Scortecci:
Sim. Em todasasáreasesetores. Umaeditorahoje
do porte da Scortecci necessita de investimentos de peso.
Gosto de pensar que sou a cabeça do prego e não omartelo
quebate.Meupai,LuizGonzaga,dizia:“Comprar é fácil. Custa
apenasumesforço. Difícil é conservar obem. Custauma vida
inteira.” Respondendo então qual o sentido: investimento em
manutenção. Um ótimo negócio para tempos de crise.
GRAPHPRINT: Quanto gera de impressão o Grupo Editorial
Scortecci atualmente?Háprevisãode aumento?
Scortecci:
A Scortecci edita e imprime, aproximadamente,
60 títulos pormês. Tivemos um começo de 2015 complicado.
Depois de maio os negócios voltaram praticamente ao nor-
mal. Em 2014 crescemos 17%, um anomuito bom. Estamos
trabalhando forte para fechar o ano de 2015 perto dos 600 tí-
tulos, entre edições e reedições. A reedição tem sidoumbom
negócio. De cada quatro livros impressos na Scortecci um é
reedição.
GRAPHPRINT: Em relação aos equipamentos de impressão,
comquaismodelosogrupo trabalha? Háprevisãodenovos
investimentos noparquegráfico?
Scortecci:
Desde o ano de 2012 a Scortecci é 100% digital.
Nossa parceria com a Canon, que começou em 2008, possibi-
litou a evolução do negócio. ACanon é uma família e eu gosto
disso. Eles respeitam omeu trabalho. Sabem que a Scortecci
nãoéumagráfica convencional. Sabemque imprimimos emo-
ções. Cada livro impressonaScortecci contaumahistória.
GRAPHPRINT: Qual suavisãosobreomercadode impressão
digital? O presente e o futuro do setor gráfico estão intrin-
secamente ligados aomodelodigital?
Scortecci:
O digital é hoje uma realidade. Um negócio “único”
dentro do segmento gráfico. Lá no começo da entrevista você
me perguntou sobre “perfis distintos”. Assim também é a im-
pressãodigital.Umgrandenegócio,sóqueparapoucose raros.
Não serve demodelo nem de exemplo de sucesso. Não basta
comprar umamáquinadigital eexplorar omercadode tiragens
curtas. O livro impresso em digital, no início, sofreumuito. Foi
considerado produto de segunda categoria. Foi recusado por
editores, livreiros, autores e leitores. Além de qualidade ruim,
o exemplar era caro, o que inviabilizava sua comercialização
através dos canais tradicionais de comercialização. Oquemu-
dou?Tudo. O impresso digital encontrou o seumercado de ni-
chos. É imbatível no segmentodeperfisdistintos.
GRAPHPRINT: Conte-nos sobre sua participação na Abigraf
e fale sobre asmetas traçadas viaassociação.
Scortecci:
Entrei na Abigraf em 2005, a convite do saudoso
FernandoRoso, comomembro doGE-DIGI, grupo empresarial
de impressão digital. Aprendi muito e acho que, de alguma
forma, contribui com o grupo, com aminha experiência pio-
neira no setor. Hoje estou também no GE-Editorial, ajudando
noqueépossível nonegóciodo livro. Souagitadíssimoenem
sempre gosto do ritmo “devagar e natural”das coisas. Não é
uma crítica. Tenho pela Abigraf muito carinho. Até hoje, por
ondepassei,fizumbom trabalho. Posso fazermais. Entusias-
mo é o que não falta.
““AScortecci edita e imprime,
aproximadamente, 60 títulos pormês.
Tivemos um começo de 2015 complicado.
Depois demaio os negócios voltaram
praticamente ao normal. Em2014
crescemos 17%, um anomuito bom.
Estamos trabalhando forte para fechar o
ano de 2015 perto dos 600 títulos, entre
edições e reedições.”
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