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GRAPHPRINT OUT 13
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ENTREVISTA
GRAPHPRINT: Recentemen-
te, o senhor disse à GRAPH-
PRINT que o desempenho do
mercado brasileiro perante
o cenário mundial tem sido
muito positivo para a Heidel-
berg nos últimos anos. Este
ano de 2013 também será
bom para a companhia no
Brasil?
Brandt:
Infelizmente, preciso
salientar que 2012 já apresen-
tou uma evolução mais negati-
va do que o esperado. Muitas
coisas mudaram no final de
2012 para a indústria brasilei-
ra, refletindo negativamente
também na indústria de mídia
impressa, que sofreu com me-
didas de corte de custos de
seus clientes, que também di-
minuíram a demanda por novos
equipamentos.
A demanda interna foi muito
baixa no primeiro semestre de
2013, impactada também pelo
real muito mais fraco e pela
pressão inflacionária. Junta-
mente com as manifestações
em junho e julho deste ano,
as coisas saíram diferentes
do que o inicialmente previsto
para este país emergente que
necessita de investimentos na
melhoria da produtividade a
fim de competir com as impor-
tações e uma baixa demanda
de mercado.
A mensagem positiva é que
economia parece ter se estabilizado uma vez que o segundo
semestre do ano é sempre mais forte.
Para a Heidelberg, os primeiros 15 anos no Brasil com uma
organização própria foram muito bem-sucedidos. Estabele-
cemos a mais robusta organização de vendas e serviços da
indústria gráfica de toda a América Latina.
No entanto, também temos de aceitar as condições do merca-
do e estamos trabalhando muito duro para ajustar as nossas
estruturas a essa demanda,
sem causar impacto em nossa
cobertura regional para os pro-
dutos que comercializamos.
GRAPHPRINT: Ações como
cortes na área de comu-
nicação, por exemplo, são
sintomas de um período de
redução de custos para a
fabricante?
Brandt:
Como mencionado an-
teriormente, o setor passa por
mudanças tecnológicas e eco-
nômicas importantes, sendo o
corte de custos uma necessi-
dade para lidar com menor de-
manda e pressão inflacionária.
Nosso grupo é parte do mer-
cado e estamos trabalhando
fortemente para ajustar as
nossas estruturas, também,
no Brasil.
Em um país onde você tem
que trabalhar com 5% a 10%
de aumento de custo ano a
ano e onde o seu preço de
venda não pode ser ajusta-
do na mesma faixa, existem
apenas as maneiras de cortar
custos, pelo menos na mesma
escala, ou não fazer mais par-
te do mercado mais cedo ou
mais tarde.
Nossa meta é ser o parceiro
confiável de longo prazo para
a indústria gráfica, especial-
mente no Brasil.
GRAPHPRINT: Mundialmente, é possível falar em cresci-
mento da Heidelberg?
Brandt:
As condições reais do mercado em todo o mundo não
permitem falar, no momento, de um crescimento normal do
nosso setor, que está habitualmente sofrendo. É um dos pri-
meiros setores afetados por quaisquer declínios.
Vemos os impactos das novas tecnologias que, no entanto,
estão complementando as mídias que oferecem mais que
“A demanda interna foi muito baixa no
primeiro semestre de 2013, impactada
também pelo real muito mais fraco e pela
pressão inflacionária. A mensagem positiva
é que economia parece ter se estabilizado
uma vez que o segundo semestre do ano
é sempre mais forte. Para a Heidelberg,
os primeiros 15 anos no Brasil com uma
organização própria foram muito bem-
sucedidos.”