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ENTREVISTA
GRAPHPRINT OUT 13
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um produto impresso. E há uma consolidação do mercado
em muitos países. Vemos alguns desses efeitos, também, no
mercado brasileiro.
Olhando para o volume de produtos impressos, podemos
confirmar um leve crescimento também na situação atual e
teremos um crescimento leve no futuro. Tudo isso confirma
diferentes pesquisas confiáveis do mercado.
Mas também podemos dizer que, mesmo em tempos difíceis,
há vencedores nas crises. Falamos de empresas que traba-
lham constantemente para melhorar sua oferta de produtos e
estruturas de custos. Estas empresas têm vocação industrial.
Da mesma forma como o nosso mercado, nossos clientes
estão mudando; nós, da Heidelberg, precisamos nos adaptar.
Nesses momentos é importante nos mantermos racionais e
fazermos o que for necessário, pois também queremos ser o
parceiro preferido de nossos clientes no longo prazo.
GRAPHPRINT: Nestes 15 anos quais foram as principais con-
tribuições da Heidelberg para o mercado gráfico brasileiro?
Brandt:
Lembro-me muito bem de meus primeiros meses e
impressões, quando começamos a Heidelberg do Brasil.
Cobrir este enorme país é um verdadeiro desafio, pois o clien-
te não precisa se importar onde a gráfica está instalada para
obter um serviço de primeira classe.
Foi por isso que nós nos concentramos tanto no estabele-
cimento do serviço forte para atender regiões distantes do
mercado de São Paulo. Estamos vendendo absolutamente o
mesmo equipamento disponível nos países industrializados.
Por isso, também temos que garantir os mesmos padrões de
qualidade de serviço.
Vimos a necessidade de implantar mais rápido a última
tecnologia em um mercado onde o custo é um problema. O
Brasil, no final da década de 1990, foi considerado um país
barato. Então, víamos muitas empresas com 500 ou até mes-
mo 1.500 funcionários. Mas como o impacto do custo atingiu
também o nosso setor, justificava-se investir em tecnologia
de impressão de última geração. Isso também nos levou à
decisão de trazer a Print Media Academy (PMA) para São Pau-
lo, a fim de apresentar e demonstrar as novas tecnologias. E
ainda por cima poderíamos conseguir que os professores do
Senai pudessem treinar seus alunos com tecnologias de pon-
ta. Essa é realmente uma das razões pela qual desfrutamos
“Em um país (Brasil) onde você tem que
trabalhar com 5% a 10% de aumento de custo
ano a ano e onde o seu preço de venda não
pode ser ajustado na mesma faixa, existem
apenas as maneiras de cortar custos, pelo
menos na mesma escala, ou não fazer mais
parte do mercado mais cedo ou mais tarde.”
“Cobrir este enorme país é um verdadeiro
desafio, pois o cliente não precisa se
importar onde a gráfica está instalada para
obter um serviço de primeira classe. Foi por
isso que nós nos concentramos tanto no
estabelecimento do serviço forte para atender
regiões distantes do mercado de São Paulo.”