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GRAPHPRINT OUT 12
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Essa realidade está afetando também as indústrias gráficas, que
por conta da concorrência com os produtos asiáticos reduziu sua
expectativa de crescimento para 2012, antes cotada para aumen-
tar 5%, e que agora deve girar em torno dos 3%, segundo João
Depizzol, presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Espí-
rito Santo (Siges).
Quando falamos em concorrência, independentemente se local
ou do mercado externo, temos de considerá-la fundamental para
que as empresas continuem investindo e buscando melhor pro-
dutividade, de acordo com Rogério Junqueira, diretor executivo
da Printbill Embalagens. “Ou seja, é um fator motivador para que
nossas indústrias não parem no tempo. Mas quando falamos em
concorrência com indústrias que recebem do governo massivos
subsídios ilegais perante a Organização Mundial do Comércio
(OMC), assim como na China, estes subsídios estão distorcendo
o comércio mundial e dando vantagens desleais ao país asiático,
não só no Brasil, mas em outros países”, avisa Junqueira.
“Além de fabricar produtos como eletrodomésticos, a China for-
nece a embalagem final personalizada para cada produto, aumen-
tando a concorrência interna no mercado brasileiro, pois as gran-
des empresas fornecedoras de embalagens passam a concorrer
Invenção da imprensa
O papel chegou à Europa no século XII, através do mundo árabe, como artigo de luxo. Somente no século XIII os italianos e france-
ses tiveram condições de fabricá-lo. É provável que o acesso ao papel tenha permitido o renascimento ocidental da xilografia, já
conhecida na China, e que consiste em imprimir sobre papel relevos entalhados em madeira.
Os primeiros livros impressos por meio da xilografia apareceram no século XV. Pouco depois, desenvolveu-se uma versão em
metal da tábua xilográfica, pela técnica denominada metalografia. Faltava então apenas um passo para a invenção – atribuída por
vezes ao holandês LaurensCoster, já por volta de 1430 – dos tipos móveis e reutilizáveis, particularmente adequados aos alfabetos
grego e romano, graças a seu número reduzido de sinais.
No entanto, coube ao alemão Johannes Gutenberg, em meados do século XV, ser o precursor das modernas técnicas das artes
gráficas. A prensa de Gutenberg utilizava tipos móveis metálicos, nos quais eram gravadas as letras, os sinais de pontuação e os
números e que, ao contrário dos tipos de madeira, podiam ser utilizados inúmeras vezes. Os tipos eram colocados uns em seguida
aos outros, à mão, para formar as palavras e as frases, e dessa forma agrupados em linhas, para formar a página, fixada sobre
uma bandeja de madeira. As palavras eram separadas por tipos sem relevo algum, e que portanto não imprimiam nada, para cor-
responder aos espaços em branco entre as palavras. Entintava-se, em seguida, a superfície da bandeja correspondente à face dos
tipos nos quais estavam entalhadas as letras e sinais, e pressionava-se sobre uma folha de papel.
A pressão era feita por meio de uma prensa, cujo modelo, ao que parece, foi inspirado na prensa de vinhateiro, utilizada para
espremer uvas. O método de Gutenberg, além de revelar-se muito mais flexível do que a xilografia, produzia impressos de melhor
qualidade e permitia imprimir ambos os lados de uma folha.
Bibliografia:
Blog:
Portal:
Gráfica Mais:
Abigraf:
Portal:
com as pequenas, ao realizar serviços menores”, explica Depizzol.
Sonia, da Margraf, ressalta que nos nichos de embalagens e livros
a indústria gráfica chinesa já vem prejudicando muito esses mer-
cados, achatando ainda mais as margens praticadas. “O segmen-
to gráfico, há muitos anos, vem sofrendo e diminuindo suas mar-
gens de lucro, principalmente depois da internet. Muitos clientes e
anunciantes preferem a divulgação online. Fora isso, as indústrias
gráficas se equipararam muito e há um excesso de ofertas onde
a demanda também diminuiu. O que vemos para o futuro é a di-
minuição das estruturas, especialização em nichos de mercado,
relacionamento estreito com o cliente, oferecendo uma assessoria
mais ampla, solucionando os problemas e entregando o impresso
como commodity, entregando a solução de um problema, e não
um produto gráfico”, aposta Sonia.
Luizandes Barreto, diretor da Gráfica Barreto, de Recife (PE), acre-
dita que a concorrência não é salutar a partir do momento em que
a carga tributária do Brasil é simplesmente abusiva. “No andar da
carruagem, muitas das micro e pequenas empresas, se não se
atualizarem, tenderão a encerrar suas atividades, pela concorrên-
cia das médias e grandes empresas, que se capacitaram”, aponta
o experiente profissional da indústria gráfica.