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Energias Renováveis
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mais de três anos, de apenas cerca de 22 MW de energia eólica
instalada, para os atuais 414 MW instalados, e, em breve, serão
completados os demais MW previstos. E isso se deve, em grande
parte, ao Proinfa que mostrou a vocação brasileira de uma matriz
elétrica limpa.
O grande desafio estabelecido pelo programa foi o índice de 60%
de nacionalização dos empreendimentos, que teve o objetivo
principal de fomentar a indústria de base dessas fontes. Se con-
As fontes renováveis de energia terão participação cada vez mais
relevante na matriz energética global nas próximas décadas. A
crescente preocupação com as questões ambientais e o consenso
mundial sobre a promoção do desenvolvimento em bases susten-
táveis vêm estimulando a realização de pesquisas de desenvolvi-
mento tecnológico que vislumbram a incorporação dos efeitos da
aprendizagem e a consequente redução dos custos de geração
dessas tecnologias.
O debate sobre o aumento da segurança no fornecimento de ener-
gia, impulsionado pelos efeitos de ordem ambiental e social da
redução da dependência de combustíveis fósseis, contribui para o
interesse mundial por soluções sustentáveis por meio da geração
de energia oriunda de fontes limpas e renováveis. Nessa agenda,
o Brasil ocupa posição destacada em função da sua liderança nas
principais frentes de negociação e da significativa participação
das fontes renováveis na sua matriz energética.
O Brasil apresenta situação privilegiada em termos de utilização
de fontes renováveis de energia. No país, 43,9% da Oferta Inter-
siderarmos como fator de desenvolvimento o domínio da cadeia
produtiva, o Proinfa coaduna com outras ações do governo que
resultaram no fortalecimento da indústria brasileira de geração de
energia elétrica.
Atualmente, estima-se que até o final de 2010, 68 empreendimen-
tos entrarão em operação, o que representa a inserção de mais
1.591,77 MW no Sistema. Serão mais 23 PCHs (414,30MW), 02
usinas de biomassa (66,50MW) e 43 usinas eólicas (1.110,97MW).
Energias Renováveis no Brasil
na de Energia (OIE) é renovável, enquanto a média mundial é de
14% e nos países desenvolvidos, de apenas 6%. A OIE, também
denominada de matriz energética, representa toda a energia dis-
ponibilizada para ser transformada, distribuída e consumida nos
processos produtivos do País.
O desenvolvimento dessas fontes ingressa em uma nova etapa
no país com a implantação do Programa de Incentivo às Fontes
Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA), criado no âmbito
do Ministério de Minas e Energia (MME) pela Lei nº 10.438, de
26 de abril de 2002, e revisado pela Lei nº 10.762, de 11 de
novembro de 2003.
A iniciativa, de caráter estrutural, vai alavancar os ganhos de
escala, a aprendizagem tecnológica, a competitividade indus-
trial nos mercados interno e externo e, sobretudo, a identi-
ficação e a apropriação dos benefícios técnicos, ambientais
e socioeconômicos na definição da competitividade econô-
mico-energética de projetos de geração que utilizem fontes
limpas e sustentáveis.