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PAPEL IMPRIMIR E ESCREVER
GRAPHPRINT MAR 12
30
A mesa-redonda do papel
Paralelas à salutar economia brasileira, empresas enxergam bons
negócios no competitivo segmento de imprimir e escrever
Convidadas para discorrerem sobre o mercado de papéis imprimir
e escrever nesta edição, três empresas retornaram o questionário
enviado pela redação. São elas: Asia Pulp & Paper (APP); Internatio-
nal Paper e Suzano. A APP, por exemplo, exporta papel para o Brasil
desde 2002. De acordo com Geraldo Ferreira, diretor, em meio a um
mercado concentrado em um pequeno número de fornecedores, a
APP quer, em 2012, continuar com sua posição, já consolidada, de
aliada estratégica para o mercado brasileiro. 
Já Sergio Canela, gerente geral de negócios da International Paper,
ressalta que a companhia - além do investimento médio anual em
2011, que deve seguir a média dos dois últimos anos, que foi de
aproximadamente US$ 85 milhões - anunciou no ano passado inves-
timento de US$ 90 milhões na construção da caldeira de biomassa
de Mogi Guaçu. “Houve ainda o investimento de R$ 2 milhões para
a mudança das embalagens de Chamex e Chamequinho e a cam-
panha de lançamento”, acrescenta o gerente geral de negócios da
fabricante de papel.
A grande jogada da Suzano em 2011 foi a consolidação da aquisi-
ção da Fibria nos ativos do Conpacel (Consórcio Paulista de Papel e
Celulose). “Os negócios compreenderam metade de uma fábrica de
papel e celulose, situada em Limeira, interior de São Paulo, terras
com área total da ordem de 76 mil hectares e cerca de 71 mil hec-
tares de plantio, sendo 53 mil hectares em oito áreas próprias e 18
mil hectares arrendados. Com a compra, a Suzano Celulose e Papel
acrescenta à capacidade de produção da Suzano 170 mil toneladas
de celulose e 190 mil toneladas de papel. A expectativa para a linha
de papéis imprimir e escrever são otimistas para o ano de 2012”,
projeta André de Marco, gerente de grupo de produtos e inovação -
UNP da Suzano.
A seguir o leitor pode acompanhar os acontecimentos vividos pela
empresa em 2011 e aprofundar seu conhecimento das linhas de
produtos e os planejamentos que virão. A mesma pauta foi enviada
às três empresas, deixando assim o cenário de leitura competitivo,
leal e idôneo.
Entrevistas
GRAPHPRINT: Nos últimos seis anos,
as classes de renda mais elevada cres-
ceram cerca de 50% no País. Segundo
pesquisa da Fundação Getulio Vargas
(FGV), as classes A e B, com renda
mensal acima de R$ 4.807, represen-
tam hoje 15,63% da população contra
10,66% em 2003. Foi detectado ainda
a diminuição das classes mais baixas.
A classe E, com renda de até R$ 804,
passou de 29,95% para 17,42%, e a
classe D, com renda até R$ 1.115, dimi-
nuiu de 16,41% para 13,37%. A classe
C, que concentra grande parte da popu-
lação (53%) e tem renda entre R$ 1.115
e R$ 4.807, também voltou a crescer,
passando de 42,99%, em 2003, para
53,38%, em dezembro passado. Do rico
ao pobre, os números trazem perspec-
tivas positivas ao segmento de papéis
imprimir e escrever? Por quê?
Ferreira:
Com o aumento da renda, há
uma procura maior por educação, ensino
e também por produtos em geral. Há mais
gente lendo e consumindo mercadorias
em que o papel está presente, a exemplo
das embalagens, o que sem dúvida traz
consequências positivas para esse merca-
do no Brasil.
Geraldo Ferreira, diretor da Asia Pulp &
Paper (APP)
Fábio Sabbag