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Equipamentos de CtP
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volvida nesse tipo de equipamento alcançou sua maturidade e os grandes custos com desen-
volvimento já foram retornados aos fabricantes. A experiência nos mostra que não é apenas
o CtP que determina o valor do investimento envolvido na solução. Hoje em dia é sabido que
o workflow, a tecnologia de chapas e seu suporte valem mais do que o próprio equipamento”,
observa Menossi.
Definitivamente o preço caiu devido ao grande sucesso e consequente consolidação da tecno-
logia. “E toda gráfica hoje em dia, para ser competitiva, precisa de um CtP”, avisa Moccagatta.
Maturação, no caso, é o sinônimo da queda de preços. “Há várias razões que explicam a queda,
mas basicamente é o que acontece com toda e qualquer tecnologia que atinge um período de
maturação, no qual os investimentos em desenvolvimento são menores e parte do que já foi
investido em desenvolvimento já foi amortizada. Além disso, há a obtenção de economias de
escala e mais equipamentos são comercializados, assim os custos de fabricação caem. Isso
tudo pode parcialmente explicar a queda de preços dos equipamentos”, conta Zucchino.
Santos ressalta que os preços caíram, pois a tecnologia deixou de ser uma tendência para se
tornar realidade. “Assim como qualquer outra tecnologia, os equipamentos eram mais caros
por conta do custo de desenvolvimento e incertezas sobre o tipo de camada da chapa que
se tornaria destaque”, acrescenta. Na opinião dos profissionais da Llepati, os preços caíram,
mas há uma tendência de desenvolvimento de equipamentos para altas velocidades com tec-
nologias distintas e cada dia mais inovadoras e o mercado gráfico não tem como absorver
tais mudanças. “Os empresários não conseguem rentabilizar seus investimentos”, concluem
Monicka e Armengol.
Familiaridade com o sistema
Moccagatta é direto: “Todos os profissionais do mercado gráfico estão familiarizados com a
tecnologia; atualmente muitos clientes exigem do fornecedor gráfico a necessidade de possuir
em seu parque gráfico um equipamento de CtP. Às vezes, o fato de não possuir o equipamento
leva o cliente a procurar outro fornecedor mais bem equipado. Em 2010, até o presente, já
foram comercializados 75 equipamentos por meio da T&C.”
Na linha de frente da tecnologia estão os editores de arte. São eles, ou ao menos deveriam ser,
os responsáveis pela disseminação de novas tecnologias dentro da gráfica, da agência ou do
prestador de serviço. “O CtP é uma realidade que já faz parte do dia a dia dos profissionais do
mercado de artes gráficas. Não há resistência, aliás, pelo contrário, a aceitação da tecnologia
é total e tende a ser uma exigência. Em 2010, a Heidelberg superou as expectativas de vendas
dos CtPs Suprasetter para o mercado brasileiro e nossas estimativas indicam que os núme-
ros devem aumentar ainda mais, baseados no crescimento desse mercado para os próximos
anos”, avisa Santos.
Menossi não vê envolvimento do diretor de arte como o grande contribuinte para a consoli-
dação da tecnologia. “A pré-impressão se comunica com os editores por meio de interfaces
amigáveis e inteligentes dos softwares e workflows, na maior parte das vezes pela plataforma
web. Aí, sim, há a contribuição por meio da troca de know how”, acrescenta o gerente de pro-
duto de pré-impressão da Agfa.
O processo de verticalização não é um processo inerente somente às gráficas, O mercado se
desenvolve e evolui naturalmente. “As agências de publicidade, os editores de arte e criativos
em geral são os mais informados. A verticalização não aconteceu somente nas gráficas. Tudo
o que envolve o processo gráfico está em conexão. A Fiepag e a Expoprint trouxeram sucesso
de vendas para a Llepati. Lançamos produtos com objetivos de preservação ambiental e baixo
consumo energético, marcando no mercado uma tendência como fabricante nacional”, obser-
vam Monicka e Armengol.
Enio Zucchino, gerente de marketing de
produto para Cone Sul – Prepress Solutions
da Kodak:
“Um sistema de CtP proporcionará
uma série de melhorias
operacionais, como algumas
economias no processo gráfico e
diminuição dos desperdícios. As
economias gerarão a justificativa
financeira e variam muito conforme
o atual nível de desperdício de
papel, tempo de acerto de máquina,
quantidade de chapas erradas,
entre outros. Em resumo, não há
um número mágico para todos
os casos, mas a prática nos tem
mostrado que, para algumas
gráficas, 300 metros quadrados ao
mês já justificam o investimento
num CtP.”