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GRAPHPRINT OUT/10
Equipamentos de CtP
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Na Llepati Brasil, que desenvolve, fabrica e comercializa processadoras para sistemas CtP,
pontes online, recicladores de água, stacker e fornos automáticos de baixo consumo, o retorno
não depende somente da metragem de chapas usadas ao mês. “Deve-se considerar e analisar
vários fatores como foco, ou seja, definir se a atuação é no mercado comercial, institucional,
livros, cadernos, metalgráfico entre outros, quais equipamentos a empresa já possui e qual
faturamento médio ao mês trará e qual será a margem de lucro do faturamento mensal. Ou-
tros fatores, como o custo de pré-impressão, para atingir o faturamento e o lucro, e que tipo
de qualidade se pretende atingir precisam ser estudados. Evidente que o número de chapas
usadas ao mês de quadricromia, que no mínimo deverá ser de 1500, é outro fator importante”,
falam Monicka Gene, gerente comercial, e José Vidales Armengol, diretor técnico, ambos da
Llepati Brasil.
Verticalização
As gráficas estão cada vez mais se verticalizando. Independentemente do tamanho da empre-
sa, a tendência é deixar em casa aquilo que pode ser produzido no lar. É claro também que
há bureaus de pré-impressão e prestadores de serviços (acabamento) crescendo no mercado,
mas fato é que muitos empresários optaram por fechar o ciclo dentro de sua própria sede.
Para o fabricante de equipamentos de CtP, a verticalização em nada interfere. “Os dois tipos de
clientes são importantes. Ambos precisam de parceiros que ofereçam tecnologia, treinamen-
to e suporte. As empresas prestadoras de serviços precisam ser muito eficientes e criativas,
precisam investir em softwares, treinamentos e logística para transmitirem tranquilidade aos
clientes. As gráficas que produzem suas chapas de maneira independente podem estruturar
melhor seus métodos e processo, obtendo assim melhores resultados de tempos de acertos,
por meio da integração da pré-impressão com a impressão. Além disso, alcançam mais flexibi-
lidade de produção, o que possibilita a expansão da capacidade produtiva e de recursos para o
aumento de qualidade”, fala Santos.
Zucchino, numa primeira análise, observa que o melhor seria a gráfica adquirir seu próprio
equipamento pelo fato de se obter um mercado mais amplo: “Um bureau de serviços acaba
atendendo diversas gráficas e com isso há uma redução de equipamentos colocados no mer-
cado. Além disso, grande parte dos benefícios de se ter um CtP está na agilidade do processo
gráfico, coisa que se perde bastante quando o CtP não se encontra in loco. Por outro lado, há
várias modalidades de prestação de serviços. Algumas gráficas de grandes volumes optam
por terceirizarem a pré-impressão, porém com a condição de que o bureau disponibilize um
equipamento de CtP em suas próprias instalações. Em outras palavras, a demanda por mais
equipamentos está relacionada ao volume de chapas que o mercado demanda e independe de
certa forma de quem investe no equipamento, seja bureau ou gráfica.”
Para a Llepati, ambos são ideais, mas o foco da empresa é a gráfica. ”O gráfico preserva a
integridade de nossas processadoras e seus auxiliares. Há menos pressão de velocidade nos
trabalhos, assim há mais cuidado operacional e de manutenção preventiva”, falam Monicka e
Armengol. Como fabricante de soluções completas de produtos para o segmento, desde sof-
twares para desenvolvimento e criação de conteúdo até equipamentos e insumos para pré-
impressão e impressão, a Agfa acredita, assim como os demais entrevistados, que ambos são
de grande interesse para a companhia.
Preço tecnológico
Assim como todo equipamento tem seu preço, toda tecnologia tem seu valor. É bem verdade
que quando aportou por aqui a tecnologia CtP assustou alguns, devido ao alto custo. Com o
tempo e a demanda crescente “os preços caíram bastante. Primeiro porque a tecnologia en-
Fabrício Menossi, gerente de produto de
pré-impressão da Agfa:.
“A pré-impressão se comunica com os
editores por meio de interfaces amigáveis e
inteligentes dos softwares e workflows, na
maior parte das vezes pela plataforma web.
Aí, sim, há a contribuição por meio da troca
de know how.”
Kesler Santos, do departamento de produto
Prinect e CtP da Heidelberg:
“Fatores como a eliminação de uma etapa
do processo, a alta tecnologia, o preço dos
equipamentos e chapas e o aumento da
oferta de crédito justificam o investimento
financeiro. Além do claro aumento de
produtividade, competitividade e eficiência,
devido ao controle do processo de
produção.”