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Equip. para impressão rotativa
GRAPHPRINT AGO/10
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trabalhos que devem ser produzidos em
bobina porque serão utilizados em bobi-
na; outros pedem integração de vários
processos em linha. Nesse caso, o equi-
pamento rotativo é mais vantajoso. E há
trabalhos que devem ser, por natureza,
produzidos a partir de folhas.”
O presidente da Abro lembra que o merca-
do já fala em tiragens de 15 mil a 20 mil
exemplares: “É uma redução significante
se lembrarmos de um passado recente.
Feita com os mesmos substratos, a com-
paração entre planas e rotativas heatset
dará qualidade de impressão parelha.”
Saco é enfático: “Com relação às tiragens
menores a automação disponível possibi-
lita a impressão sem comprometimento
de qualidade e perdas de insumo.”
Consumo
Potência sem controle não é nada; con-
sumo sem controle é prejuízo. Quando
não ajustada ou obsoleta, qualquer má-
quina consome demais, despencando a
margem de lucro de uma empresa. Nos
equipamentos rotativos, que usam como
principal combustível o papel, além de
outros insumos, o controle do consumo é
fundamental. “O papel em bobina é muito
mais barato, mas esse não é o fator deter-
minante para a escolha da máquina plana
ou rotativa. Creio que a quantidade e, prin-
cipalmente, a utilização final do material
são determinantes. Tanto é que gráficas
planas compram rotativas e vice-versa. A
verdade é que não há panacéia nas artes
gráficas; cada segmento demanda sua
própria solução. Há espaço e demandas
para todos os processos”, diz Dalama.
Sette avisa que o investimento nos equi-
pamentos rotativos sempre se justifica,
mas deve ser bem estudado. “A configu-
ração correta da máquina é muito impor-
tante, uma vez que os desperdícios, ao
longo da vida útil do equipamento, podem
tornar o investimento inviável.”
Dutra continua: “O processo em si pode
ser mais produtivo e econômico se com-
parado com as impressoras planas. De-
pendendo do tipo de produto, as rotativas
conseguem entregar o produto final em
uma só passada. Num único ato, o papel
entra branco em bobina e sai impresso,
colado, dobrado, grampeado, refilado e
empilhado, pronto para ser entregue ao
consumidor final.”
A analogia com carros é inevitável. “Há
inúmeros fatores que determinam os cus-
tos finais de produção no processo gráfico.
Se por um lado os desperdícios de partida
são maiores, por outro lado a velocidade
de produção é mais alta. O papel em bo-
Treinamento próximo da realidade
A Associação Brasileira das Empresas com Rotativas Offset (Abro) traçou como ob-
jetivo para o próximo ano um cronograma de treinamento e cursos. “Procuramos
treinamento em três configurações: curso, workshop e palestras. Já realizamos esse
tipo de treinamento, mas queremos disseminar ainda mais o conhecimento junto
com os fornecedores de rotativas. O treinamento tem que ser o mais próximo pos-
sível da realidade, por isso é necessário que ele venha direto do fornecedor”, fala o
presidente da Abro.
Recentemente, a Abro consolidou um acordo de cooperação com a PrintiCity, que a
autoriza a publicar todo o conteúdo dos relatórios técnicos elaborados pela Print-
City. As informações auxiliam no intercâmbio das melhores práticas dos mercados
gráficos nacional e internacional. Mais informações sobre a PrintCity Alliance no
endereço:
Luiz César Dutra, diretor geral da Deltagraf:
“E as rotativas logicamente não poderiam ficar
de fora. Por esse motivo, os equipamentos
rotativos estão cada vez mais automatizados,
gerando redução drástica nos tempos de acerto
e mais flexibilidade. Por isso permitem produção
de menores tiragens, com custos competitivos”,
fala Dutra.
José Carlos Pierina, José Carlos Pierina, diretor
de qualidade da Burti:
“A impressão rotativa corresponde a
aproximadamente 70% do faturamento da
gráfica devido ao volume de produção. Como
gráfica, temos menos trabalhos em rotativas do
que as editoras, mas mesmo assim é o nosso
meio de impressão mais usado”