3
GRAPHPRINT AGOSTO 17
EDITORIAL
Chegou emboahora
É chover nomolhado dizer que o foco tem de ser no cliente e em como ele
quer ter as suas experiências de consumo. Chegou a era do omni channel,
uma fase demúltiplos canais para o consumidor ser atendido. Aliás o con-
sumidor de hoje é multicanal, compra em diversos meios e pode cruzar
aquisições em ambientes físicos e virtuais. A experiência do consumidor
vemsendomoldadapormeiodosdiferentescanaisdisponíveisdecompras:
internet, televisão, rádio,mala direta, catálogos, entre outros.
O consumidor escolhe se quer agora ou depois. Simples assim. Há uma
corrente de consumo ligada a experiênciasmais inteligentes, baseadas no
comportamento, conforto e agilidade. E as empresas estão semovimentan-
do.Os investimentos em softwares estãoemalta.Peguemos comoexemplo
aAmazon, que anunciou recentemente oAmazon Go, um novo conceito de
self service. Sabia que já existem dash buttons para a compra de produtos
específicos? Nos Estados Unidos basta o consumidor colocar o botão em
cimadamáquinade lavar e comumúnico toque vai receber o sabão empó
em casa.A ferramenta é responsável por acionar a rota do centro de distri-
buição à porta do consumidor.
Em solo brasileiro, a Livraria Cultura se movimenta para competir com
meios e canais alternativos. A empresa decidiu montar campanhas mais
centradas a partir da análise do histórico de compras de cada consumidor
que entranas unidades físicas.Apartir desses dados, direciona ofertas per-
sonalizadas. O cliente sente que amarca se importamuitomais com ele, o
vendedor consegue fazer uma interação proativa e, consequentemente, as
taxas de conversão crescem. É o transpromo sendo trabalhado na prática,
surfando na onda da diferenciação e do atendimento customizado. Que tal
levar essa ideia para a sua gráfica?
Pelo mundo há uma tendência chamada pop up stores. Nada mais é do
que espaços que surgem e desaparecem para uma ação específica e com
tempo determinado para acabar. A ideia central é explorar um local com
concentraçãomomentânea de público para apresentar uma linha especial,
um tema damoda ou para causar impacto demerchandising.
Sem falar,mas já escrevendo, nos robôs colaborativos e na internet indus-
trial, que estão revolucionando a indústria, além de quebrar paradigmas
ao automatizar postos de trabalho nunca an-
tes pensados. De acordo com um estudo pu-
blicado em maio deste ano pela consultoria
McKinsey, 50% dos atuais postos de trabalho
noBrasil poderiam ser automatizados, ou53,7
milhões de um total de 107,3 milhões. Some
esse indicativo com o mercado potencial de
US$ 15 trilhões em 15 anos da internet indus-
trial e tenha uma solução - questionável ou
não - paraa indústria: robôscolaborativoscom
monitoramento remoto.
A vida mudou mesmo. Agora táxi é Uber, di-
nheiroécartão.Fiqueatento, facaquenãocor-
ta pouco importa.
Saudações GRAPHPRINTENSES!
Fábio Sabbag