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GRAPHPRINT MAR/10
Artigo
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podemos satisfazê-las? Somente com a resposta destas
perguntas, poderemos traçar o acima mencionado plano de
negócios identificando as oportunidades de crescimento,
verificando a tecnologia gráfica por nós adotada, otimizando
as estratégias de vendas e marketing ou mesmo revendo
nossos padrões de custos e produtividade. O amigo gráfico
acha que estou me referindo só a empresas grandes? Pois
se assim pensa, está redondamente enganado. As grandes
gráficas têm na maioria consciência de empresa. O peque-
no e médio empresário é que infelizmente ainda não acor-
dou para as mudanças, pensando ser ainda uma simples
gráfica e não um fornecedor de mídia impressa (e digital)
que engloba desde a criação, passando pela pré-impressão,
impressão, acabamento e logística de distribuição, além de
prestar serviços na área da web. Todas essas estratégias
devem ser rapidamente definidas de uma forma disciplina-
da e coerente.
Devemos caminhar passo a passo abrindo os olhos para o
mercado, nos cercando de informações através do acima
já aventado, como a leitura e a participação em seminários
e cursos tanto técnicos, como de gestão, revendo nossos
procedimentos principalmente na área da comercialização,
passando em seguida a vislumbrar a forma correta de deter-
minar nossos preços de venda, além da tecnologia a adotar.
Isso se chama de convergência, ou seja, temos que conver-
gir para janeiro de 2010 onde começa nossa corrida para um
ano de muito sucesso. De acordo com o jornal Folha de São
Paulo, o empresário da indústria está mais otimista agora
do que no período que antecedeu a crise econômica. É o
que indica o Índice de Confiança do Empresário Industrial,
divulgado na segunda-feira dia 26 de outubro pela CNI (Con-
federação Nacional da Indústria). De acordo com a pesquisa,
o indicador ficou em 65,9 pontos, em uma escala de 0 a 100
em que números maiores que 50 indicam que o empresário
está confiante. O número é o maior desde janeiro de 2005,
quando atingiu 66,5 pontos.
Amigo gráfico: ao falarmos que 2010 será um ano que pro-
mete boa rentabilidade, poderemos fazê-lo refletir e con-
cordar, através do texto acima. Para você, que é inteligen-
te, gerar resultados e crescer não é uma opção e sim uma
obrigação. Estrategicamente falando, pode significar literal-
mente a sobrevivência ou a morte da sua gráfica. Os mais
astutos certamente desfrutarão do privilégio de ampliar o
seu mercado, a sua rentabilidade e ver estampada em sua
face a alegria de ter vencido.
possíveis riscos latentes. Utilize-se para isso dos programas
de gestão oferecidos no mercado.
É chegada também a hora de rever o que foi feito até agora
em 2009, analisar o que deu errado e o que ainda dá para
fazer, afinal já estamos no penúltimo mês do ano. E este
é também o momento para avaliar e começar a planejar a
tributação da empresa para o ano novo, a fim de economizar
no que for permitido pela legislação fiscal em vigor. Se você
não souber como fazer esta análise, procure o seu contador
de confiança.
Lembre-se de que não é só em termos de tributação que sua
empresa deve planejar. Identificar oportunidades, mudar es-
tratégias, passar a atender novos nichos de mercado para
seus impressos, mudar as formas de atender o seu cliente
adicionando e agregando valor aos seus serviços gráficos,
como por exemplo, a logística de distribuição, para que em
janeiro ocorra o início da implementação. Ver a empresa
como um todo, observando cada detalhe poderá gerar uma
economia que permita novos vôos mais adiante. Não esque-
ça de desde já informatizar sua empresa com programas
adequados, pois muitas ainda trabalham com programas em
DOS e outras com sistemas de cálculo de orçamento de mais
de uma década, cujas empresas criadoras não mais existem
para dar suporte. No que tange aos tributos, há quatro for-
mas de pagar, que são elas: Simples Nacional - Lucro Presu-
mido - Lucro Real e o recentemente criado, SIMEI – Simples
Nacional para o Empreendedor Individual. Cada forma traz
uma característica e para saber qual melhor se adapta à
realidade de sua empresa consulte o seu contador.
Ninguém muda nada se não acreditar que pode! Assim,
gostaríamos que você, caro leitor, iniciasse o ano de 2010
acreditando que você pode construir as oportunidades para
que você e a sua gráfica tenham o melhor ano da última dé-
cada. Se você for um leitor atento das diversas publicações
econômicas que têm circulado nos últimos meses, você cer-
tamente verá que o Brasil está mais do que preparado para
iniciar um grande ciclo de prosperidade. E você, incluindo a
sua gráfica, está certamente inserido neste contexto.
Só existe uma maneira de você, empresário gráfico de qual-
quer tamanho, pensar sobre o seu negócio. É raciocinando
“de fora para dentro“, ou seja, olhando da perspectiva do
seu cliente e do mercado em geral e substituindo imedia-
tamente a velha e ultrapassada visão “de dentro para fora”.
Para isso temos que responder a várias perguntas que se
iniciam com a principal: Estamos atendendo as necessida-
des dos nossos clientes em relação a prazos, preços, tecno-
logia e aquele algo mais que o cliente não espera de nós?
Como estão mudando as necessidades do mercado e como
* Thomaz Caspary é engenheiro de mídia impressa, consultor
de empresas e diretor da Printconsult. (11) 3167-6939 - e-mail:
tcaspary@uol.com.br