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GIRO
GRAPHPRINT SET/09
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Na segunda quinzena de agosto, o atual presidente da Afeigraf (Asso-
ciação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para
a Indústria Gráfica), Dieter Willi Brandt, ministrou uma palestra no fórum
gerencial da 3ª Conferência da Abro (Associação Brasileira de Empresas
com Rotativas Offset).
Ao lado de Alfred Plöger, atual presidente da Abigraf (Associação Brasi-
leira da Indústria Gráfica), Brandt apresentou o quadro atual do mercado
gráfico e dos novos investimentos que as gráficas locais têm feito. Se-
gundo ele, apesar do crescimento das chamadas “novas mídias” (como
internet, e-books etc.), o volume de impressão continua a crescer em um
nível saudável e maduro.
Brandt mostrou números mundiais que atestam que, apesar de crescer
em um ritmo mais devagar do que as novas mídias eletrônicas, o setor de
papel oferece um crescimento constante. Num segundo momento, falan-
do especificamente sobre o caso brasileiro, o presidente da Afeigraf des-
taca o crescimento no mercado local nos últimos dez anos para ilustrar
suas perspectivas para o futuro.
“Quando cheguei ao Brasil, há dez anos, o País contava com 11 mil grá-
ficas. Hoje, são 19.500 empresas, 90% delas de pequeno e médio portes.
Foi notório também, no mesmo período, o crescimento de mercados antes
menos desenvolvidos no País, como o do Nordeste”, disse.
Outro ponto importante salientado por Brandt foi a disseminação tecno-
lógica. “Hoje, as mesmas tecnologias que estão presentes nas grandes
gráficas também estão disponíveis para as pequenas e médias. E, além
Impacto positivo das novas mídias
para a mídia impressa
disso, existem tecnologias, como as de CtP, que tornaram-se obrigatórias
para gráficas que querem ser competitivas e oferecer serviços como ge-
renciamento de cores, anteriormente só fornecido por gráficas de grande
porte ”, esclareceu.
Tocando no assunto “novas mídias”, Brandt manteve o tom de otimis-
mo: “Estudos mostram que mesmo as revistas online não conseguem
sobreviver apenas de anúncios. Isso quer dizer que esses anunciantes
não estão migrando em grande volume para o meio digital. Além disso,
nos últimos anos, o poder de compra das classes C e D cresceu muito no
Brasil, e isso influencia nos números do desempenho de nossa indústria
e explica porque a indústria gráfica vai continuar crescendo, já que isso
gera uma nova demanda de impressos nas áreas promocional, editorial,
educacional e embalagem. Outra pesquisa mostra, ainda, que entre essas
classes a decisão de compra está baseada em informações presentes em
meios impressos, como os tablóides promocionais de supermercados.”
Encerrando, o presidente da Afeigraf destacou em tom otimista: “Estamos
falando de um país cuja população cresce até 3 milhões ao ano, ao con-
trário do que acontece na Europa. Também estamos falando de um país
cujo crescimento do consumo per capita de papel é maior do que o da
China e da Índia, se formos pensar nos países do BRIC. Isso mostra que
há muito espaço e necessidade para a indústria gráfica crescer no Bra-
sil, que, até 2050, será uma das quatro maiores economias do mundo”,
analisou.
Em 11 de agosto, a Heidelberg do Brasil reuniu gráficos de Campinas e região para o TechDay. No evento, os empresários visitaram a segunda unidade
da Heidelberg Print Media Academy, no Senai de Barueri, e puderam ver de perto como três gráficas paulistanas usam diferentes tecnologias Heidelberg
para produzir trabalhos de alta qualidade.
Para Romeu Luciano Silva, da Dizart Editora Artes Gráficas, de Campinas, o evento atingiu suas expectativas em relação à tecnologia dos equipamentos,
qualidade, dinâmica de vendas, atendimento e diversificação dos produtos, mas, para ele, o ponto alto da visita foi a segunda unidade da PMA no Senai
Barueri. “É uma proposta adequada para a formação de profissionais, pois possibilita o conhecimento da tecnologia que melhora a produção, tornando
as empresas ainda mais competitivas”, diz.
Ailton Vani da Silva, da Silvamarts Composição Gráfica, de Campinas, também ficou impressionado com a estrutura da nova escola do Senai em Barueri,
mas destacou a importância de trocar ideias com colegas gráficos. “É sempre bom encontrar outros gráficos, trocar experiências, ideias e discutir ten-
dências. Todos nós temos dificuldades, e conversando podemos encontrar algumas soluções. Foi um evento excelente e uma experiência muito válida”,
conclui.
Heildelberg promove Techday para
gráficos de Campinas