Revista Graphprint - Edição 195

GRAPHPRINT Jan/Fev 2020 17 participação histórica de mercado no setor de alimentos: em Portu- gal representam 41%; na Alemanha 45%; Inglaterra, 46% do total das vendas do setor. Já nos Estados Unidos cresceram 3,2% no últi- mo trimestre de 2017, enquanto as chamadas marcas nacionais, de- cresceram 0,5%. Estima-se que, nos próximos anos, irão representar 25% de tudo que se vende nos supermercados naquele mercado. A VEZ DO DIGITAL NAS EMBALAGENS A tendência é acompanhar os padrões de crescimento mundial, primeiro porque as multinacionais (ou transnacionais) são geral- mente grandes impulsores tecnológicos e os consumidores e usu- ários de bens produzidos estão interconectados a nível global. “As novidades que estão chegando ao Brasil como rastreabilidade, indi- vidualização ou regionalização bem como soluções de embalagens inteligentes, têm as mesmas bases mundiais, obviamente adaptadas para a realidade local (tecnológica, econômica e financeira) e tam- bém são um potencial de crescimento”, fala Osvaldo Cristo, Espe- cialista Pré Vendas América Latina HP Indigo e PWP. Marcel Casarino, gerente de vendas na América do Sul – Divisão Inkjet da EFI, ressalta que o mercado de embalagens, principal- mente rígidas, passa por uma necessidade de adequação e trans- formação e, para isso, a tecnologia digital se tornou um ponto im- portantíssimo de observação das empresas que buscam inovações e crescimento. “Hoje, já temos industrias tradicionalmente offset operando com equipamentos EFI digitais. Isso reforça o nosso avanço tanto no mercado de embalagens como em displays”, fala. Ainda na visão do executivo da EFI, a indústria de impressão digi- tal de embalagens no Brasil apresenta grande potencial de cresci- mento. “Estudos mostram que é um setor em ritmo de mudanças e a impressão digital passa a ser praticamente obrigatória no segmen- to. Estamos empolgados com os próximos 5 anos, pois existe uma previsão de crescimento exponencial”, enxerga. O mercado brasileiro de embalagens impressas por meio de solu- ções digitais está em pleno crescimento, principalmente se compa- rado com outros segmentos de impressão. Essa é a opinião de Paulo Duarte Neto, gerente nacional de Production Print da Ricoh. “A migração do processo tradicional para o digital já não é mais uma questão de opção, mas de necessidade. Quem não se adapta, perde para uma concorrência que está antenada a essa tendência. Assim, o próximo desafio será transformar a embalagem, cada vez mais, em um produto funcional e interativo. Por isso, o mercado gráfico deve repensar os modelos de negócio, para que combinem o online e o offline. Algumas das opções mais efetivas do mercado são a impressão de códigos de barras, realidade aumentada e o QR code em embalagens, por exemplo”, completa o executivo acrescentando que as impressões digitais coloridas crescerão 12% ao ano até 2021, segundo pesquisa do instituto InfoTrends. A mudança de hábitos e a necessidade de personalização farão com que a impressão digital cresça ainda mais na indústria gráfica, es- pecialmente no Brasil. “Diante desse cenário, as empresas precisam proporcionar sempre a melhor experiência para o cliente. Muitas vezes, o que é considerado um custo, pode se tornar o investimento chave para inovação e sucesso do produto”, acredita gerente nacio- nal de Production Print da Ricoh. Gustavo Teixo, business developer – Corrugated Packaging and Display da Durst, diz que a empresa acredita que o mercado bra- sileiro deve buscar soluções para atender demandas mais customi- zadas e de menor volume. “Diversos outros segmentos gráficos já passaram por esta transição, é uma tendência que não pode ser desconsiderada. A embalagem a cada dia ganha maior poder de OSVALDO CRISTO, ESPECIALISTA PRÉ VENDAS AMÉRICA LATINA HP INDIGO E PWP. “As novidades que estão chegando ao Brasil como rastreabilidade, individualização ou regionalização bem como soluções de embalagens inteligentes, têm as mesmas bases mundiais, obviamente adaptadas para a realidade local (tecnológica, econômica e financeira) e também são um potencial de crescimento.”