Revista Graphprint - Edição 192

GRAPHPRINT Jul/Ago 2019 33 categorias apresentaram crescimento, com destaque para embala- gens de madeira e têxteis. Já na seara de perspectivas do mercado de celulose e papel, com da- dos recentes do setor, o banco Credit Suisse recentemente publicou relatório sobe o tema dizendo que os estoques mais altos de papel e as vendas ainda pressionadas indicam que a demanda final para papel permanece fraca, sem sinais tangíveis de recuperação em um futuro próximo. A instituição financeira acredita que o processo de compra pelas empresas deverá permanecer “tímido, devido aos altos estoques”. Vale a análise. VISÃO DOS PLAYERS DE PAPEL CARTÃO Nilton Saraiva, presidente da Ibema Papelcartão, diz que apesar de a empresa estar otimista com o futuro, o setor caiu 2% em vo- lume de janeiro a maio de 2019. “O agravante: um aumento no custo da celulose que não pôde ser repassado integralmente aos clientes. Para contornar essa situação, a Ibema Papelcartão for- mou uma frente de redução de custos, aliada a investimentos nas áreas fabris, que tem nos ajudado a passar por essa crise da melhor forma”, informa Saraiva. Guilherme Melhado, diretor comercial de Papel da Suzano, ressalta que o mercado de papelcartão para embalagem é extremamente resiliente. “Acompanhamos, há oito trimestres consecutivos, uma tendência positiva de demanda. Há diversas razões que jus- tificam esse movimento, incluindo a demanda provocada pelo crescimento das vendas online. Porém merece destaque o maior apelo ambiental de embalagens produzidas a partir de fontes re- nováveis, mencionado por consumidores e parceiros. Notamos essa tendência a partir das vendas do Bluecup e do Bluecup Bio, por exemplo, mas também em relação a toda a nossa linha de produtos de papelcartão”, explica. Vinicius José Ferreira Campos, gerente comercial de cartões da Klabin, fala que de acordo com as informações divulgadas pela Ibá, o consumo brasileiro de papelcartão cresceu 5,4% de janeiro a maio, em relação ao mesmo período do ano anterior. “Tal cres- cimento se deve em parte pela greve dos caminhoneiros de 2018, que pressionou a demanda do mês de maio daquele ano. A Klabin vem percebendo esse crescimento, principalmente nos segmentos de sabão em pó e bebidas, os quais têm ampliado a demanda pelos produtos fabricados pela companhia”, observa. INJEÇÃO DE CAPITAL Melhado fala que a Suzano investe em melhorias de processos e no desenvolvimento de novos produtos. Destaca, por exemplo, o Lo- op, papel especialmente desenvolvido para a produção de canudos descartáveis que visa ser uma alternativa sustentável aos canudos plásticos de uso único. Ele foi lançado em 13 de junho e, assim co- mo o Bluecup Bio, é reciclável, biodegradável e de fonte renovável, produzido a partir de eucalipto plantado para este fim e certificado pelo FSC, o qual garante o manejo florestal responsável. “O papel para canudo desenvolvido pela Suzano possui qualidade diferenciada e é apresentado em duas versões, com resistência e du- rabilidade distintas, visando atender o consumo de diferentes tipos de bebidas. Uma delas tem durabilidade de até 2 horas em uso, ideal para consumo de bebidas como água, sucos e chás, e a ou- tra opção possui aplicação de uma barreira sustentável que oferece uma maior resistência para utilização em bebidas alcóolicas, milk shakes e refrigerantes”, indica Melhado. GUILHERME MELHADO, DIRETOR COMERCIAL DE PAPEL DA SUZANO: “Acompanhamos, há oito trimestres consecutivos, uma tendência positiva de demanda. Há diversas razões que justificam esse movimento, incluindo a demanda provocada pelo crescimento das vendas online. Porém merece destaque o maior apelo ambiental de embalagens produzidas a partir de fontes renováveis, mencionado por consumidores e parceiros.” CRÉDITO SERGIO ZACCHI

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