Revista Graphprint - Edição 190

GRAPHPRINT Mar/Abr 2019 33 ALGUMAS TENDÊNCIAS APRESENTADAS: • Marcas regionais e de nicho ditam ritmo de inovação e ganham relevância de mercado • Lojas de conveniência ganham espaço para consumo on-the-go e desafiam os canais de foodservice • Consumidores buscam experimentação: diferentes tamanhos de embalagens permitem testar marcas e sabores • Bebidas mistas ganham força frente à cerveja e aos destilados, criando novas ocasiões de consumo com tamanhos, formatos e sabores • Racionalização nas compras: embalagens maiores, canais mais baratos (atacarejo) e marcas regionais/próprias • Maximização no uso: consumidores querem evitar o desperdício dos produtos • Vivendo em Solitude: casas com apenas um morador – sejam jovens que vão morar sozinhos ou consumidores mais velhos que moram sozinhos. Dentro das indústrias, isto pode ser utilizado como convite para repensar seu portfólio de produtos e embalagens, estimulando a experimentação e o consumo consciente – evitando desperdícios. • Eu quero agora!: consumidores buscam gratificação instantânea e experiências simples que permitam dedicar maior tempo para suas vidas pessoais. O crescimento de lojas de conveniência (com previsão de crescimento anual de 9,2% até 2023, segundo a Euromonitor) leva as empresas a repensarem novos tipos e tamanhos de embalagens. • Todos são especialistas: consumidores querem entender cada vez mais sobre a composição dos produtos e sua cadeia de valor, além de valorizarem opiniões dos seus amigos/parentes e reviews de consumidores. Cada vez mais conectados, as embalagens servem como uma importante ferramenta para as empresas disponibilizarem mais informações sobre seus produtos e o processo produtivo por meio de tecnologias, por exemplo (como QR Codes, Realidade Aumentada). Fonte: Centro de Informações Abre de dados não considera as embalagens secundárias e/ou de transporte. Do total de embalagens mensurados pela base de dados, a maior par- te destas é de embalagens flexíveis, seguidas por embalagens de plásti- co rígido e cartonadas assépticas. A boa notícia é que todos os tipos de embalagens apresentam perspectivas de crescimento em volume para os próximos anos e existem oportunidades para todos. Angélica comentou que o país ainda passa por um período de ajuste, mui- to parecido com outros países que passaram por crises semelhantes e que ainda apresentará algumas oscilações durante algum tempo, mas a pers- pectiva é que a recuperação econômica se consolide nos próximos anos. Para finalizar, Angélica ressaltou que é prevista recuperação para todas as indústrias de bens de consumo para os próximos anos, com efeitos positi- vos para as embalagens primárias (crescimento médio anual de 1,6% até 2024, em volume, no canal varejo). Também concluiu que a embalagem é cada vez mais estratégica, da concepção à entrega do produto. CENÁRIO ECONÔM,ICO A Abre levou o Economista Chefe do Santander, Maurício Molan, para falar das perspectivas econômicas para o Brasil em 2019. Molan apontou que muitos fatores interferem no crescimento sustentável da economia no país, desde questões como a desigualdade social, infraestrutura, índice de confiança, instituições, sistema político, etc. E que para o país crescer de forma sustentável é necessário que as reformas sejam feitas, principalmen- te a da Previdência, mas outras, como a tributária e a política, também seriam necessárias. Os próximos anos também serão um pouco mais complicados para a eco- nomia no país, já que reflexos da geopolítica mundial, desaceleração da China, uma liquidez menor e o desequilíbrio fiscal nas contas dificultarão para a retomada econômica. Molan ressaltou que a crença no ajuste fiscal continua a ser condição necessária para a superação da crise e que o crescimento econômico virá do consumo, mesmo em um ambiente desafiador. Apesar disso, o economista conta que estamos com alguns aspectos positivos, que devem ser mantidos neste e no próximo ano, como inflação baixa e controlada, uma taxa de juros baixa, câmbio depreciado e que deve- remos ter crescimento do PIB, somente em uma velocidade menor do que esperado, com um crescimento mais tímido em 2019 e uma previsão maior em 2020.

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