Revista Graphprint - Edição 186

GRAPHPRINT Jul/Ago 2018 33 descartáveis. Diz o texto que no prazo de dez anos, o plástico deve- rá ser substituído por materiais biodegradáveis em itens destinados ao acondicionamento de alimentos prontos para o consumo. Bruxelas, Bélgica, quer banir das prateleiras de seus supermerca- dos produtos plásticos de uso único. A estratégia foi lançada pela Comissão Europeia quando anunciaram que planejam combater o plástico de uso único, e que futuramente deve haver a proibição da comercialização de canudos, pratos e talheres descartáveis na cidade. A proposta da Comissão é que os fabricantes encontrem um substituto reciclável para estes produtos. Pode, sim, em alguns casos, ser o papel. Alexandre Cezilla, gerente geral de Estratégia e Marketing da Suza- no Papel e Celulose, observa que há uma tendência global irreversí- vel à utilização de produtos de fontes renováveis e recicláveis e com características biodegradáveis. “Essa maior conscientização deverá levar as pessoas a substituírem produtos não sustentáveis por outros com essas características e, certamente, o papelcartão se enquadra completamente nessa categoria. Temos estudos que indicam que o papelcartão tem um balanço de carbono positivo na floresta, ou seja, ele captura carbono, já que é produzido a partir de eucalipto plantado para esse fim. Além disso, é um produto biodegradável e que pode ser recuperado e reciclado”, avalia Cezilla. Flávio Deganutti, diretor comercial de Papéis da Klabin, lembra que está em curso uma grande alteração no padrão de consumo da sociedade, que afeta diretamente boa parte dos produtos e embala- gens a eles associadas. A busca por embalagens mais leves, resisten- tes e reutilizáveis, ou com barreiras específicas, trará outra dinâmica para o mercado. Nesse contexto, em posição de destaque, estão as embalagens advindas de fontes renováveis e biodegradáveis. “Este processo, que já caminha há alguns anos e que foi originado pelos consumidores, ganhou um importante impulso com regulações em alguns países (Reino Unido, Suíça, China, Quênia, Índia, Brasil) e a crescente preocupação de marcas globais para reduzir a utilização de materiais como os plásticos de uso único e isopor. Isto natural- mente aumentará a demanda por embalagens mais sustentáveis e acelerará os desenvolvimentos das várias matérias-primas utilizadas na indústria de embalagem”. Os copos, diz Deganutti, são um bom exemplo para representar a influência desse cenário no aumento da demanda, pois incorporam vários desses elementos como redução do consumo por incentivo à reutilização do copo, aumento do consumo de copos por substi- tuição das garrafas tradicionais, substituições por matérias-primas biodegradáveis ou de fontes renováveis, desenvolvimento de bar- reiras biodegradáveis aos copos existentes, campanhas de incentivo à coleta e disposição correta para aumentar a taxa de reciclagem, entre outros. “Os copos de papel ajudarão a endereçar uma parte importante dessas mudanças”, completa. Fabiane Staschower, executiva de Relacionamento da Ibema, de- tecta que o aumento da demanda de papelcartão se deve à valoriza- ção de seus atributos por parte dos BandrOwners e consumidores e inovações que permitem que o papelcartão possa ser utilizado em outras aplicações, saindo das convencionais. “Como vantagens para o mercado de embalagens, o papelcartão além de ser sustentá- vel (fonte de matéria-prima renovável, biodegradável e reciclável) possui: alta qualidade na impressão; variedade de texturas e aca- bamentos; design estrutural - impacto e interesse visual; possibili- dade de adicionar facilidades (abertura, alça, janelas, ferramentas de segurança...); fonte de propaganda/ferramenta de marketing; reconhecimento da marca; apelo do consumidor (terceira idade, credibilidade) e amplo espaço para informação”, enumera Fabiane. ALEXANDRE CEZILLA, GERENTE GERAL DE ESTRATÉGIA E MARKETING DA SUZANO PAPEL E CELULOSE: “A maior conscientização deverá levar as pessoas a substituírem produtos não sustentáveis por outros com essas características e, certamente, o papelcartão se enquadra completamente nessa categoria.”