Page 32 - 140

Basic HTML Version

WEB TO PRINT
GRAPHPRINT JAN/FEV 14
32
O mercado de startups no Brasil chama cada vez mais a atenção
dos investidores, sejam eles brasileiros ou internacionais. Todos
os dias surgem novas empresas digitais no País – mas, de fato,
quantas são escaláveis? Para mapear o mercado de startups e
investidores do Brasil, a e.Bricks Digital, empresa de investimen-
tos do Grupo RBS, e a Consumoteca, boutique de conhecimento
especializada no consumidor brasileiro, realizaram em outubro de
2013 a segunda edição da pesquisa.
“O Perfil do Empreendedor Digital no Brasil” – o primeiro estudo
sobre o tema foi realizado pelas duas empresas em outubro de
2011. Foram ouvidos 342 empreendedores digitais, por meio de
questionário estruturado online, com apoio dos parceiros Endea-
vor, Brazil Founders, Anjos do Brasil, Brazil Innovators e Startupi.
Realizada pela e.Bricks Digital e pela
Consumoteca, a segunda edição da
pesquisa Perfil do Empreendedor Digital
no Brasil mostra a profissionalização
do mercado no País; foco dos negócios
migrou de social media e conteúdo para
serviços, aplicativos e e-commerce
Empreendedor digital
brasileiro evolui,
aponta estudo
A pesquisa apontou uma forte mudança no foco das startups. Em
2011, os entrevistados estavam empreendendo em marketing on-
line (17%), conteúdo (17%), software (16%), educação (14%) e so-
cial media (13%). Já em 2013, os segmentos apontados como os
de maior investimento dos empreendedores foram serviços (33%),
aplicativos (30%) e e-commerce (29%).
“Os resultados apontam para uma clara profissionalização do
mercado, tendo em vista que os setores de maior crescimento
exigem mais dos empreendedores, tanto em capital quanto em
esforço de equipe. Negócios disruptivos têm chances maiores de
competir com players globais”, afirma Fabio Bruggioni, CEO da
e.Bricks Digital.
O estudo abordou também o ciclo de lançamento das startups.
Segundo os entrevistados, o tempo médio para que os negócios e
as ideias dos empreendedores entrevistados estejam prontos é de
seis meses, um ciclo bem rápido. A pesquisa aponta que apenas
7% dos empreendedores ainda estão na fase de ideias, 8% estão
com o projeto no papel, 33% estão em fase inicial de desenvolvi-
mento, 26% estão com seus produtos em fase beta e 26% já estão
com o produto finalizado.
Quando questionados sobre a formalidade dos negócios, 78%
constituem empresa formal ou estão no processo de legalização,
um número bem próximo aos 77% que estavam nessa situação
em 2011. Quarenta e três por cento dos empreendedores traba-