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ARTIGO
GRAPHPRINT NOV 13
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Como consumidor, é difícil imaginar uma
compra sem a internet. Seja um aparta-
mento, um carro ou um secador de cabelos,
quem quer comprar vai à web, se não para
efetuar o negócio, ao menos para conhecer
melhor seu objeto de desejo.
Difícil imaginar algum tipo de comércio,
indústria ou empresa de serviços que não
esteja presente na internet. São infinitas
páginas que funcionam como vitrines para
consumidores. Se é assim, como o empre-
sário pode garantir visibilidade ao seu negó-
cio no meio dessa multidão?
A criação de um site ou mesmo a reformula-
ção da página de uma empresa não garante
visibilidade. Há uma série de variáveis e fer-
ramentas que potencializam a exposição no
meio virtual, fazendo com que determina-
das marcas figurem no alto das páginas dos
buscadores. Porém, seus efeitos geralmen-
te acabam não sendo mensurados como
deveriam. Com tantos meios usados para a
captação de clientes na internet, quem sabe
qual deles foi o responsável pela efetivação
de um negócio? Resposta: poucos.
Há muitas prestadoras de serviços especia-
lizadas em utilizar esses meios para poten-
cializar a exposição de empresas. Em geral,
fazem-no com ferramentas do próprio Google
ou de sites similares. Dessa forma, não têm
acesso às informações mais estratégicas,
pois o foco dos buscadores é gerar receita
para si próprios. Outro ponto insatisfatório
dessas ações é que esses prestadores de
serviço são remunerados por tempo e não
pelo resultado que geram, não tendo compro-
metimento com os objetivos do empresário.
Há diversas formas de atrair a atenção de
quem está navegando e fazer o cliente figu-
rar entre os primeiros a serem visualizados em
buscas relacionadas ao que ele comercializa.
Isso não é novidade. Só em São Paulo, há cen-
tenas de agências que oferecem o chamado
Search Engine Optmization (SEO), ou o Pay per
Click (PPC), mais conhecido como link patroci-
nado, ferramentas que fazem a empresa “su-
bir” nas páginas de pesquisa dos buscadores.
Mas são pouquíssimas as que têm controle
sobre as informações geradas.
Um dos méritos da ação na web é estar no
alto da busca orgânica (espontânea, que
aparece abaixo dos links patrocinados),
posição que resulta do interesse dos inter-
nautas. A questão sobre como aumentar as
vendas na internet, porém, não se resume a
aparecer no alto da página do Google. Não
adianta ser encontrado em uma busca se o
site não for eficiente. É preciso possuir um
página otimizada que consiga captar os da-
dos do usuário.
As empresas também se valem das mídias
sociais para se divulgar, mas, sem gerar in-
formação e mapeamento, acabam por fazê-
-lo de forma desordenada, sem saber, por
exemplo, qual horário é mais adequado para
postar algo sobre determinado assunto, ou
qual tema interessa mais a esse ou àquele
grupo de seguidores, até porque, geralmen-
te, ninguém pensou em monitorar o compor-
tamento desses internautas.
O mercado carece de ciência para fazer es-
sas ações. Não há oferta de estratégias para
se utilizar a internet para vender mais. Pou-
cos são os prestadores de serviços nesse
segmento que possuem mensuração sobre
o que proporciona resultados efetivos a seus
clientes e quais as formas mais adequadas
de agir, sobre qual é a metodologia a ser em-
pregada. A internet gera informação não só a
quem vê, mas também a quem é visto.
Além da falta de ferramentas próprias pe-
los prestadores de serviços que atuam na
otimização de vendas apoiadas pela ação
na web, essas empresas não possuem me-
canismos que resultem em mensuração de
resultados, de análise e de compreensão
sobre o que se está fazendo e qual a melhor
maneira fazê-lo. Dessa forma, a maior par-
te das ofertas no mercado é de ações pon-
tuais, isoladas ou em grupo, mas que não
compõem uma estratégia que, por exemplo,
apoie a equipe de vendas.
Há ainda a oferta de ‘leads’, que é, grosso
modo, a criação de oportunidades de negó-
cios via exposição na web. Outras centenas
de empresas oferecem esse serviço. Quase
nenhuma, porém, sabe diferenciar um bom
‘lead’, o que resultou em vendas para o
cliente, de um ‘lead’ ruim. Muitas agências
de marketing atuam nesse segmento. Criam
Como vender pela internet
Por Jorge Py Velloso Filho*
campanhas que concorrem a prêmios e ob-
têm, para si próprias, grande exposição. Po-
rém, geram pouquíssimos negócios àqueles
que as contratam.
Há uma série de fatores a serem combina-
dos para se vender pela internet. Por mais
que o consumidor deseje saber, via busca
orgânica, o que se fala espontaneamente
sobre uma empresa e sobre seus produtos
e serviços, o link patrocinado é um canal
efetivo para a concretização do negócio
na web. É uma ferramenta que, combinada
a outras, gera negócios. A questão é como
combinar esses meios.
Além do mapeamento dessas variáveis que
elevam a exposição, surge outra questão: o
próprio site. Quando se procura alguém para
elaborar um site, o desenvolvedor cria a pági-
na, recebe sua verba e sai de cena. É um erro.
Em geral, as páginas de internet para vendas
dispõem das informações sobre os produtos
ou serviços comercializados. Mas não geram
informações para a empresa. Há maneiras de
se ter acesso a essas informações. Muitas
vezes, não é necessário um site novo, mas
apenas a instalação de alguns softwares que
acabam por, entre outros, pautar a atuação
da equipe de vendas, levando-a diretamente
a quem quer comprar.
Existem várias ferramentas usadas por mui-
tos para se vender na internet. Mas, nes-
se meio, vai se destacar quem utilizá-las
entendo as informações que elas geram,
mapeando comportamentos, identificando
interessados. As empresas oferecem suas in-
formações na internet e venderá mais aquela
que souber utilizar as informações que esses
meios geram para orientar sua estratégia.
*Empresário, fundador e CEO da Reweb,
empresa especializada em elevar vendas
com o uso da internet. Criada em 2001, a
Reweb possui unidades em 17 estados.