Page 42 - 137

Basic HTML Version

PANORAMA
GRAPHPRINT OUT 13
42
Foi divulgado recentemente pela Associação Brasileira de Emba-
lagem (Abre) o Balanço Setorial de Embalagem por meio do Estu-
do Macroeconômico da Embalagem Abre/FGV.
O estudo exclusivo da entidade norteia a cadeia produtiva de em-
balagem bem como todo o setor industrial e econômico brasileiro.
Realizado há 16 anos pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fun-
dação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), é mais uma ação da associação
que visa o aprimoramento da cadeia de embalagem, reafirmando
sua representatividade e importância na economia brasileira.
Apresentado por Salomão Quadros, coordenador de análises eco-
nômicas do Ibre-FGV, o evento contou com patrocínio da Braskem,
Artecola, Fispal Tecnologia, Ibema, Papirus e Tetra Pak, e trouxe o
desempenho econômico da indústria de embalagem no primeiro
semestre de 2013 e perspectivas para o segundo.
Desempenho
A produção física de embalagem cresceu 2,66%, no primeiro se-
mestre de 2013, ficando muito próxima da previsão realizada no
início do ano, que era de crescimento de 2,5%.
No entanto, este desempenho não foi uniforme ao longo dos seis
primeiros meses do ano. No primeiro trimestre, o setor se expandiu
a uma taxa de 4,8%, em relação ao mesmo período de 2012, porém
nos três meses seguintes, o crescimento não foi além de 0,6%.
Salomão explicou que esta desaceleração não significa que o
setor deixará de crescer e sim que deve crescer em ritmo mais
lento do que o apresentado no primeiro semestre, como mostra
a trajetória dos bens de consumo semi e não duráveis, principais
usuários de produtos de embalagem.
Essa categoria passou de uma queda de 3,6%, no primeiro trimes-
tre, para uma elevação de 2,5%, no segundo.
Esse fator contribui para que a expectativa para o segundo se-
mestre seja de moderação no ritmo de crescimento da indústria
de embalagem.
Valor da produção
O valor bruto da produção física de embalagem atingiu R$ 47,2
bilhões em 2012. A participação por setor neste faturamento é de
39,05% dos materiais plásticos, seguido pelo setor de celulósi-
cos com 36,51%, somados os setores de papelão ondulado com
20,21%, cartolina e papel cartão com 10,31%, papel com 5,99% e
metálicos com 16,70%.
Emprego formal
No último ano, entre junho de 2012 e junho de 2013, houve recu-
peração de 4.115 postos de trabalho, após perda de 798 postos de
trabalho entre junho de 2012 e junho de 2011.
Porém, a taxa de crescimento do número de pessoas ocupadas
avançou continuamente, de 0,48%, em janeiro, para 1,83%, em
junho.
Perspectivas
A indústria de embalagem deve crescer 1%, no segundo semestre
de 2013 e o resultado anual ficará próximo de 2% de crescimento
em volume de produção.
Os fabricantes nacionais de embalagem deverão obter receitas
próximas a R$ 50,4 bilhões, superando os R$ 46,7 bilhões gerados
em 2012.
O nível de emprego na indústria de embalagem deverá aproximar-
-se de 230 mil postos em dezembro.
Associação de embalagem divulga
estudo macroeconômico
Receita líquida do setor de embalagens
deve chegar a R$ 50 bilhões em 2014