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GRAPHPRINT OUT 13
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ENTREVISTA
Ricoh? A Heidelberg não está perdendo tempo ao não olhar
com mais entusiasmo o segmento de impressão digital?
Brandt:
Estamos muito felizes com esta parceria estratégica,
que está proporcionando benefícios para ambas empresas.
Com as primeiras 20 máquinas das bem-sucedidas séries Li-
noprint C 751 / C 901 instaladas, tivemos uma experiência
muito boa e provamos que temos a solução certa para um
mercado que exige offset, além de um poderoso equipamento
com o preço e qualidade adequados. Esta parceria está fican-
do cada vez mais forte e vai influenciar o mercado no longo
prazo. Há muitos outros projetos que iremos realizar juntos.
GRAPHPRINT: A Printmaster GTO 52, por exemplo, tem no
Brasil mais de 180 castelos comercializados. Pretende
fechar o ano com quantos castelos?
Brandt:
A GTO é o “Fusca” da Heidelberg. A maioria das gráfi-
cas começou com essa máquina durante os últimos 40 anos.
Esse modelo foi um enorme sucesso no Brasil e, portanto, va-
mos seguir investindo nesse segmento de mercado em que
os clientes precisam ter a solução certa para a sua primeira
impressora de quatro cores etc.
No total instalamos nos últimos 15 anos até mais de 250 uni-
dades dessa impressora e há muitos equipamentos usados
entrando no país a cada ano. Os anos de 2012 e 2013 foram
impactados pela crise econômica e, portanto, tivemos que
aceitar um mercado mais lento nesse segmento. No entanto,
estamos felizes com cada nova GTO instalada, pois podere-
mos realizar muitos negócios no futuro com o cliente que fez
essa escolha.
GRAPHPRINT: O senhor acredita que o papel ou os mais
variados tipos de substratos que podem ser impressos
se tornarão a plataforma principal, ou seja, serão os
meios de apresentação das novas tecnologias?
Brandt:
Todos têm dúvidas sobre o futuro, mas o melhor é
estruturá-lo. De nossa parte, fazemos o que é necessário para
garantir a atratividade de nossa indústria.
O papel será cada vez mais usado no futuro, especialmente
em um país onde se consome 60 quilos per capita, enquanto
que em outras partes do mundo falamos de 250 quilos a 330
quilos per capita.
As novas tecnologias são sempre bem-vindas. Levam-nos
para frente. Basta dar uma olhada quando a TV surgiu e todo
mundo esperava que o rádio, em especial, não fosse mais ne-
cessário. O que podemos ver hoje...e aprender com isso? As
tecnologias estão se desenvolvendo bem, lado a lado. O im-
portante é que criamos ofertas atraentes para o mercado. Se
isso for assegurado, a indústria gráfica terá anos fantásticos
pela frente, especialmente em um país como o Brasil.
Por outro lado gostaria de mencionar a iniciativa de lançar
no Brasil, ainda em 2013, a campanha “Two Sides”, onde a
Heidelberg, por meio da Afeigraf e varias outras associações,
participa. Essa campanha está focada justamente em escla-
recer essas dúvidas e demonstrar a realidade por meio de
pesquisas e publicações em diários, revistas, etc. para que a
população possa enxergar a importância e a sustentabilida-
de do produto impresso.
Acredito muito no sucesso das equipes. Portanto, as gráficas
e suas associações precisam promover e trabalhar em cada
tópico importante de seu negócio como um grupo único que
está influenciando positivamente o mercado.
Mais de 20 associações da indústria gráfica brasileira estão
trabalhando em conjunto para melhorar a competitividade e
fazer o comprador de produtos impressos consciente de que
o papel é a ferramenta certa para transportar mensagens e
produtos.
Dê uma olhada no que é feito com a campanha “Two Sides”,
que será lançada no Brasil até o final do ano, e cogite fazer
parte dessa tendência.
“O papel será cada vez mais usado no futuro,
especialmente em um país onde se consome
60 quilos per capita, enquanto que em outras
partes do mundo falamos de 250 quilos a 330
quilos per capita. As novas tecnologias são
sempre bem-vindas. Levam-nos para frente.”