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DISTRIBUIÇÃO DE PAPÉIS
GRAPHPRINT MAI 13
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Não há como deixar de abrir esta reportagem sobre o setor de dis-
tribuição de papéis sem falar no recém-criado Comitê da Cadeia
Produtiva do Papel, Gráfica e Embalagem (Copagrem). O comitê já
nasce com duas metas: combater o uso indevido do papel imune
e, definitivamente, mostrar a verdadeira sustentabilidade que há
na indústria de celulose e papel.
Roberto Gianetti da Fonseca, diretor de relações internacionais da
Fiesp, apresentou recentemente uma ideia para combater o des-
vio. “O problema do uso incorreto do papel imune é antigo, grave
e complexo. Convivo com inúmeras cadeias produtivas e sabe-
mos que sempre há um risco de concorrência desleal por meio de
fraude, como sonegação fiscal, contrabando, pirataria, subfatura-
mento, entre outros crimes. Chegou o momento de encarar com
Horizontes inéditos norteiam setor
Copagrem propõe efetivo combate ao uso indevido do papel imune.
Distribuidores focam serviços de fidelização e ampliam gama com linhas,
cores e gramaturas diferentes
Fábio Sabbag
força para extinguir, ou diminuir muito, as distorções no mercado
brasileiro, pois corremos o risco de não termos mais uma indústria
de papel cuchê brasileira, por exemplo, só tendo como opção o
insumo importado”, disse Fonseca.
O diretor de relações internacionais da Fiesp explica que como
a fraude é difícil de ser controlada, a ideia é reduzir a incidên-
cia de impostos ao longo da cadeia produtiva - talvez a zero -,
deixando os impostos de valor agregado tributáveis somente no
final da cadeia, ou seja, na venda ao consumidor. “Na importa-
ção e na produção nacional de papel cuchê, que é praticamente o
alvo principal da ação, na venda da indústria ou na nacionalização
do produto não incidiria mais PIS/Cofins e ICMS. Logo, imune ou
não, fica igual. A indústria gráfica compra e na saída do produto a