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GRAPHPRINT MAR 13
Artigo
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empresas de pequena ou média estrutura
podem possuir um determinado processo
que resulta em uma grande falta de in-
formação e consequentemente desperdí-
cio de energia e tempo. Será importante
sempre ressaltar que aquele detalhe es-
pecífico trará benefícios como a redução
de gastos, evitar a compra de materiais e
componentes em duplicado e também os
danos à gestão, aumentar a produtividade
das máquinas e pessoas envolvidas, redu-
zir o cansaço físico, conseguir maior faci-
lidade nas operações e diminuir os riscos
acidentais como, por exemplo, em um 5’s
mal aplicado. Esteja sentado quando ten-
tar mensurar desperdício por “transporte”
em números e custos.
Movimentação desnecessária:
Alguns
líderes conseguem perceber em sua equi-
pe uma movimentação desnecessária,
desorganização dos locais de trabalho,
resultando em mau desempenho e má
produtividade. Aqui estão correlaciona-
dos alguns itens para desenvolvimento,
transformando o setup interno em setup
externo, aplicação de desenvolvimento de
layout se possível, transformando-as em
células de produção. Os treinamentos e
reuniões deverão ser motivacionais e de
incentivos. Foco no fluxo de trabalho e si-
nalização visual.
Tempos de espera:
Este um dos campe-
ões da indústria gráfica. Trata-se do tem-
po em que os produtos, matérias-primas
ou processos estão no “gatilho” para
serem processados ou iniciados, mas
aguardam a autorização, a preparação ou
a disponibilidade em produção, pessoas
ou informações. Nada mais simples que
um check-list, carimbos de liberações, e
os famosos campos de observações que
nunca são preenchidos. Não centralize a
informação. Nada de engessar o proces-
so. Dá-se muita atenção quando o centro
produtivo mais caro da empresa não está
operante, e esquece-se que centros pro-
dutivos baratos, somados em suas diver-
sas, porém pequenas paradas ultrapas-
sam o desperdício gerado pelos centros
de custos maiores.
Qualidade:
Por que na indústria gráfi-
ca, já que tratamos de uma produção
de grandezas milimétricas, detalhista e
sutil, os principais erros são com a falta
de atenção com a manufatura? Temos
programas para orçamentos, densitôme-
tros, gerenciamento de cores, CTPs, as
melhores tecnologias para confecção de
materiais e porque erros tão grosseiros?
Check-list de monitoramento poderão
ser preenchidas neste momento, porém
cuidado para não sobrecarregar seu ofi-
cial. Costumo sempre montar pequenas
equipes da qualidade e colocá-las nos
processos intermediários da operação. E
não no final do processo como se vê em
muitas das gráficas. Geralmente alguns
operados se sentem desconfortável neste
momento por estarem em constante em
“auditoria” por alguém de sua equipe ou
da qualidade. Mais uma vez a palavra é
conscientização e treinamento, para que
ele possa criar a percepção de que essa
reestruturação é para a redução do des-
perdício, consequentemente, uma ajuda a
favor. Atenção: revisão no final da produ-
ção não é controle da qualidade!
Processos inadequados:
Uma lâmina de
dureza diferente, uma tinta, um substra-
to, ferramentas ou até um programa de
editoração utilizado de maneira incorreta
é desperdício na certa. A famosa “gam-
biarra” ou “TAPAI” - Técnica Alternativa
para Apagar Incêndio - não costuma dar
a sorte de dar certo duas vezes e irá fa-
lhar quando mais se precisar dela. Consi-
dere um estudo de viabilidade técnica do
equipamento em questão, a aplicação e
conservação desses recursos e processos
que são realmente adequados às funções,
aplicação de procedimentos. Os benefí-
cios são imensuráveis em tempo, energia
e esforço da produção, além de motivar
sua equipe a sempre sugerir ideias e mo-
tivar as implantações.
Planejamento do produto inadequado:
Montagens, imposições, acabamentos,
fechamentos que demandam da produção
uma redução da produção e que não vão
de acordo com a necessidade do cliente.
Onde esta o lado técnico planejado? Este
planejamento não deverá ser executado
tão somente antes da produção. Uma saí-
da bastante útil será um histórico de pro-
duto. Um documento realizado após a pro-
dução, com anotações técnicas, controles
e adversidades eventuais encontradas, a
fim de que se possa focar em prevenções
e estar sempre um passo a frente. Para
os processos manuais ou que reduzem o
tempo de produção, embora seja desper-
dício, devem ser minimizadas, eliminadas
se possível ou automatizadas.
Considerações finais:
As ferramentas para implantações são
muitas. Promova as ferramentas. Venda-
-as a todos de sua equipe. Divulgue sem-
pre os resultados. Planeje e Faça os tes-
tes. Busque sempre a melhoria contínua.
Ouça muito, analise as idéias. Geralmente
esta sugestão vem da produção. Estimule.
Mantenha o rendimento, não o deixe cair.
Tenha sempre em mente que o projeto é a
médio/longo prazo.
A partir de pequenas considerações aqui
descritas, o importante é sempre ter o
bom senso para poder lidar com as ad-
versidades da implantação. No início da
implantação, talvez a produção possa ter
muitas paradas, porém tenha foco, pois à
medida que os problemas são identifica-
dos, estudados e diagnosticados o número
de erros começará a diminuir vertiginosa-
mente. Aliado a tudo isso, o nível de matu-
ridade de sua equipe começa a aumentar
e a célula de produção se torna autônoma,
transformando sua cultura e consolidando
a eterna busca por autossuficiência.