Page 56 - 127

Basic HTML Version

ARTIGO
GRAPHPRINT NOV 12
56
É um momento de passos seguros e de
ação para planejamento estratégico efe-
tivamente. Momento de implantação e
manutenção de valores para os clientes.
Salvo alguns segmentos, como por exem-
plo, embalagens e rótulos, impressos de
segurança, que possuem demanda cons-
tante, o momento econômico do País pas-
sa por um momento para passos seguros.
Momento para a busca máxima de efici-
ência de produção, concentrando todos os
esforços na eliminação dos desperdícios
na busca da produção otimizada. É um
momento de repensar antigas ferramen-
tas e conceitos.
O empresário gráfico já aprendeu, há muitos
anos, que investimento sobre investimento
não o garante totalmente em eficiência má-
xima do seu ciclo produtivo, pois podemos
ganhar em custo, porém não podemos ga-
rantir eliminação total do desperdício.
Em sua grande maioria as empresas
gráficas concentram seus esforços em
aumento da capacidade, que faz ganhar
em muito pouco no quesito de efetivida-
de, deixando para uma terceira ou quarta
etapa os esforços em diminuir os desper-
dícios, que representa aproximadamente
mais de 65% da efetividade.
Não é de se crucificar essas ações, pois
o desperdício – ou perdas na indústria
gráfica –, em sua grande maioria, passa
invisível aos olhos dos gestores de todos
os níveis. É extremamente sutil e quase
que imperceptível, não estando presen-
te somente nos produtos danificados ou
“não conformes”.
O conceito “LeanManufacture”, também
conhecido como produção enxuta, está
cada vez mais tomando espaço nas in-
dústrias gráficas no Brasil e tem múltiplos
benefícios, como a organização da pro-
dução, aumento da eficiência através da
redução dos tempos improdutivos, cria-
ção de valores, identificação dos gargalos
ocultos, assistência nas tomadas de deci-
sões gerenciais, melhorias no método de
processos e procedimentos de fabricação.
Há uma gama de informações da proce-
dência, evolução e explanações da produ-
ção enxuta. Porém, o que não se encontra
descrito são as dificuldades e barreiras
de implantação que devem ser transpos-
tas na implantação deste conceito e suas
principais ferramentas. Foco, treinamento
e retorno a médio prazo são as palavras-
-chave para a implantação e deve-se con-
servá-las sempre em mente para que não
se perca na implantação.
O pensamento “Lean” consiste em elimi-
nar os desperdícios da produção e em ge-
rar um conjunto de conceitos e princípios
que visam o modo como uma organização
produz valores para os seus clientes.
Quando citamos aqui valor, estamos fa-
lando de um desenvolvimento de relacio-
namentos e serviços, parcerias e com-
prometimento entre times de produção,
gestores, clientes e fornecedores, ou seja,
princípios das famosas frases: “Eu faço
parte da empresa XPTO...”, que quer dizer,
riqueza em conjunto.
Bons exemplos para a ilustração deste
cenário, um comparativo entre um pensa-
mento “Lean” e pensamentos “nonLean”.
Aviso: “Qualquer semelhança com a reali-
dade pensamento “non Lean” será mera
coincidência. Será mesmo?! Então:
Pensamento LeanManufacture:
Conscientização e foco no período de implantação. (Parte 1)
Por Sílvio Nicola - consultor gráfico
- Pensamento “non Lean”: Impressores e
operadores: introspectivo, individualista,
somente concentrados em suas impres-
soras e com sua produção diária. Líderes
de produção: com uma cultura de lealdade
e obediência, pouco foco nos resultados
da empresa. Gestores: decisões baseadas
em relatórios não condizentes com a rea-
lidade e apoio a produção extremamente
burocrático. Comercial e clientes: relacio-
namento por preço.
- Pensamento Lean: Impressores e opera-
dores concentrados em seus equipamen-
tos e com sua produção diária, manuten-
ção, meio ambiente e seus respectivos
clientes interno. Líderes: relacionamento
com transparência, foco no fluxo, proces-
sos e nos resultados da empresa. Ressal-
tam e sinalizam os indicadores. Gestores:
Mais próximo da produção, menos buro-
crático e mais técnicos e estratégicos.