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GRAPHPRINT AGO 12
Pequenos Formatos
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Além da troca de chapas cada vez mais rápida,
quais outros diferenciais dos modelos que atuam
no segmento de pequenos formatos?
Ferrostaal
“Na Ryobi há integração total com o prepress. A linguagem,
aberta, é igual a das agências de propaganda, o que dá li-
berdade para criação de perfis próprios e tecnologias de
curas instantâneas. Os equipamentos permitem encurtar o
tempo de produção e prazos de entregas e há automações
para ajustes finos, padronização de qualidade e impressão
de diferentes substratos. Para todas essas questões existem
soluções e é necessário que a gráfica pense muito bem para
definir objetivos e equipamentos”, explica Coelho.
Heidelberg
“O acerto dos tinteiros normalmente representa mais de
50% do tempo de setup, portanto a implantação de sistemas
que conectam a impressora à pré-impressão, minimizando
o tempo desprendido nesta etapa, certamente é um grande
diferencial. Com eles é possível receber os perfis de tinta,
efetuar pré-ajustes, reduzir desperdícios e compartilhar re-
latórios de produtividade. Outro recurso muito importante,
utilizado nas impressoras com oito unidades de impressão
que utilizam reversão ou unidade de verniz em linha, é o
controle de funções como secadores, registro frente e verso,
espessura do substrato, entre ouros, através do painel de
controle central”, fala Rocco.
HP
“Recursos como automação de acerto, verificação de im-
pressão, verniz em linha, secagem, corte e vinco têm surgi-
do para as máquinas de pequeno formato offset há muitos
anos. O problema é que no Brasil a grande maioria dos
gráficos que têm capital para investir em equipamentos
de menor porte com grande automação e recursos prefe-
re investir em uma impressora de maior formato, ainda
que com menores recursos, por sua alegada flexibilidade
ao permitir trabalhar com formatos maiores. As máqui-
nas de formato pequeno A3+ acabam ficando limitadas
ao mercado que não tem capacidade de investimento ou
não tem o desejo de investir. Naturalmente, esse mercado
vai evitar as máquinas impressoras com maiores recur-
sos. Há poucas exceções com estratégia clara na busca
de pequenos formatos em pequenas tiragens com valor
agregado”, fala Cristo.
da Heidelberg, com mais de 106 mil unidades de impressão insta-
ladas em todo o mundo”, fala Rocco.
No cenário ideal, cada nova máquina de impressão adquirida de-
veria ser fruto de análise cuidadosa de mercado e de opções dis-
poníveis. “Na prática, no Brasil, a decisão de compra ainda é muito
baseada na intuição e, às vezes, ela falha. Os empresários adqui-
rem impressoras de formato pequeno porque não têm capacidade
de investimento em uma impressora de formato maior. Existem,
no entanto, exceções que fazem uma análise de mercado e vão
para este formato como fruto de análise das suas necessidades,
e neste caso, as tiragens pequenas são os maiores motivadores”,
fala Cristo.
O fator determinante na aquisição de máquinas e equipamentos é
a visão futura dos negócios, “baseada nas mutações do mercado
atual ou no desejo de ingressar em novos mercados”, de acordo
com o profissional da Kodak. “Considerando o encolhimento das
grandes tiragens de forma geral, as oportunidades do segmento
de comunicação gráfica integrada, web to print, crossmidia, mí-
dias sociais, valorização das métricas de retorno de investimento
Janio Coelho, gerente geral de vendas da Ferrostaal:
“Por exemplo, não é aceitável, tanto pelo
aspecto financeiro como pela questão
ambiental, que na montagem e impressão de
cadernos A4 mais de 30% da superfície das
chapas de alumínio sejam desperdiçadas.
Em diferentes categorias existem modelos de
máquinas que privilegiam essas reduções,
quer seja em ¼, ½, ou folha inteira.”
nestes veículos, entre outros, a aquisição de equipamentos para
pequenas tiragens deve ser bem avaliada em conjunto com os
fabricantes e fornecedores não somente de máquinas”, completa
Carlini Filho.
As pequenas tiragens são o resultado do mundo atual. “Tudo muda
muito rápido e no mundo de impressos também. Por isso são mais
raros os pedidos de tiros longos. O estoque hoje é feito nas grá-
ficas. O usuário final pede 500 impressos imediatos e outros 500
para o final. Existem máquinas e há demanda para impressão
offset para pequenas tiragens. O que não adianta é investir para
ser mais um. Tem que buscar algum diferencial para manter-se
lucrativo”, fala Coelho.