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GRAPHPRINT MAI 12
Gerenciamento de cor
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da pré-impressão, e após a gravação da
chapa vai para a impressão e, consequen-
temente, para o acabamento.
É no âmbito da pré-impressão que en-
tra a questão do geren­cia­mento de cor.
E o assunto é tão relevante que Manuel
Valente, gerente de desenvolvimento de
vendas da América Latina da EFI, estima
que até 60% do tempo total é dispensado
às atividades relacionadas a cores e seus
ajustes. “A correta implantação do geren-
ciamento de cores reduzirá muito o tempo
e os custos envolvidos”, frisa Valente.
Para a segurança do gráfico, além do sis-
tema de calibração de provas, vigora no
mercado a certificação ISO 12647. “Dessa
forma, as provas representam uma gama
de cores que 95% das máquinas do pla-
neta podem alcançar.
A normalização dos arquivos também é de
extrema importância, pois podemos apli-
car UCR ou GCR como fazíamos no pas-
sado, quando usávamos o scanner para
fazer a seleção de cores”, explica André
Vazelino, gerente de marketing da Colo-
ristas Team.
Vazelino acrescenta que, ao normalizar
os arquivos, incluem-se características
próprias que só são usadas nas artes grá-
ficas: “Quando normalizamos e certifica-
mos as provas, o processo de impressão
se torna mais simples e o acerto do equi-
pamento será mais rápido, pois na maio-
ria dos impressos a carga de tinta terá a
mesma espessura de camada, ou seja,
apresentará densidades padronizadas e o
impressor perderá menos folhas de acer-
to para alcançar a tonalidade desejada.”
Ernani Alves Bezerra, especialista em
aplicações gráficas da Xerox, analisa o
atual panorama das gráficas: “Certamen-
te encontraremos pilhas de papel do lado
de fora do galpão de impressão. Sim, essa
perda poderia ser minimizada. A repetição
ou a consistência de cores é o desejado.
E o que quer dizer? Quer dizer que a pri-
meira tem de ser igual à última e, se isso
não acontece, a consequência é a perda
do toner, do papel, da tinta, da chapa, do
tempo de operador/impressor, dinheiro e,
principalmente, um cliente insatisfeito.”
Bezerra ressalta que as perdas durante o
processo acontecem tanto na impressão
offset como no ambiente digital. “Ao ad-
quirir o equipamento, o cliente digital cos-
tuma achar que está com a solução dos
seus problemas. Não é verdade. O que
acontece com a impressão offset acon-
tece na impressão digital. A vantagem
do digital é que os processos de contro-
le de qualidade são feitos por sensores
automatizados, garantindo assim que a
impressora tenha melhor desempenho”,
avisa o especialista em aplicações gráfi-
cas da Xerox.
Ricardo Gargalaca, diretor da Coralis, ob-
serva que, hoje, ainda é comum as gráfi-
cas receberem devoluções de trabalhos:
“É bastante comum encontrar empresas
oferecendo um desconto adicional para
não imprimir novamente, sem falar nos
custos de frete, mão de obra, tempo e
desgaste da marca da gráfica”, pondera.
Vale lembrar que quando lidamos com
artes gráficas a cor é um fator prepon-
derante e vital. “Especialmente quando a
precisão em relação ao original é inego-
ciável, os desperdícios gerados durante a
produção tendem a ser enormes se não
houver controle e gestão eficiente de co-
res. São muitas as variáveis que podem
impactar no processo. O gerenciamento
de cor precisa minimizar os fatores de
risco o máximo possível. Para isso, pre-
cisa seguir normas e padrões ao longo
de toda a cadeia de processos, desde a
pré-impressão até a impressão final”, fala
Julio Coutinho, managing director da Q.I.
Press Controls.
É fato que o gerenciamento objetiva ga­
rantir a previsibilidade das cores im­
pressas na gráfica. “O gerenciamento
pretende controlar as cores em todas as
etapas do processo para alcançar o me-
lhor resultado de impressão, de forma pre-
visível. Como resultado, o gerenciamento
Manuel Valente, gerente de desenvolvimento
de vendas da América Latina da EFI:
“A correta implantação do
gerenciamento de cores reduzirá
muito o tempo e os custos
envolvidos.”
Ricardo Gargalaca, diretor da Coralis:
“É bastante comum encontrar
empresas oferecendo um
desconto adicional para não
imprimir novamente, sem falar
nos custos de frete, mão de obra,
tempo e desgaste da marca da
gráfica.”