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INDÚSTRIA EM DESTAQUE
GRAPHPRINT JAN/FEV 12
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Com 13 anos de atuação, completados em agosto de 2011, a Off Paper, por meio de muito
trabalho e investimento em tecnologia, vem ocupando posição de destaque no mercado
gráfico. “Começamos com representação e surgiu a oportunidade de comprar uma impres-
sora. Nessa época, terceirizávamos a gravação das chapas e o acabamento. Com o passar
do tempo, adquirimos duas GTO e passamos a investir na área de acabamento. Em 2008
fomos para a Drupa e adquirimos uma meia folha, um CtP e uma quatro cores um quarto de
folha, usada. De 2008 em diante, após comprar a parte do sócio, tivemos um crescimento
bom, mas naturalmente com a crise surgiram algumas dificuldades”, conta Edvaldo Ori,
diretor da Off Paper.
Focada no segmento promocional e de embalagens para pequenas quantidades, a Off Paper
passa por um momento de transição. Familiar, assim como a grande maioria das gráficas
brasileiras, Ori sente que o momento de passar o comando ao seu filho, Bruno, está se
aproximando. “O Bruno se formou em publicidade pela Faap e já está na Off Paper há sete
anos. A minha filha também veio trabalhar conosco. Como eles estão firmes no propósito
de comandar a empresa daqui em diante, sinto que está chegando a hora de apoiá-los. Cer-
tamente meus filhos darão sequência ao trabalho iniciado com muito sacrifício. Ser empre-
sário hoje no Brasil é uma dificuldade grande, muito complicado. As gráficas estão fazendo
muitas loucuras e talvez por isso muitas vão sumir do mercado. Assim que a demanda
melhorar vão sobrar aquelas empresas que atuam seriamente e que fornecem soluções
Novo comando, mesmos preceitos
Empresa familiar, fundada há 13 anos, começa a definir e a executar meta
da transição de comando
aos clientes. E esses quesitos o Bruno
conhece e pratica. As empresas têm de
ser enxutas; a demanda atual é voltada
ao consumo imediato”, avisa Ori.
Sob um olhar diferenciado
Bruno segue o pensamento do pai ao
detectar que a Off Paper não necessita
se tornar gigante para dar lucro. “Não
queremos ter uma gráfica grande, com
200, 300 funcionários. Nosso objetivo é
uma empresa enxuta e que traga o lucro
necessário, sempre com foco no nicho
pretendido. Junte-se a isso tecnologia
e profissionais qualificados para aten-
derem os clientes. Hoje, a gráfica, além
de vender impressos, tem de oferecer
soluções aos clientes. Atendimento é
muito importante e fideliza a relação.
Mas vale lembrar que não adianta ter
um bom atendimento e uma produção
não equivalente. É preciso agregar uma
criação, um serviço ou algo ainda que
não tenha sido pensado”, fala Bruno,
acrescentando que a empresa tem a
intenção de investir em equipamentos
para impressão digital.
Edvaldo Orri, diretor da Off Paper, e seu filho,
Bruno, vivenciando uma questão crucial:
transição familiar