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Feiras, Fóruns e Congressos
GRAPHPRINT NOV 11
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Cascata de informação
Realizado de 8 a 11 de outubro no Mabu Thermas & Resorts, em
Foz do Iguaçu (PR), o 15º Congresso Brasileira da Indústria Gráfica
(Congraf) mostrou ameaças e oportunidades que serão vivenciadas
daqui em diante. Na palestra de abertura, que contou com cerca de
500 pessoas, Henrique Meirelles, presidente do Conselho Público
Olímpico (CPO), classificou a realização dos Jogos Olímpicos de
2016 no Brasil como uma oportunidade real para que a indústria
nacional, e em especial, a gráfica, apresente seus produtos para o
mundo. Meirelles traçou um panorama dos problemas que atingem
principalmente as economias dos países desenvolvidos e demons-
trou também porque o Brasil pode sair fortalecido desse cenário de
crise. “A reação do Brasil à crise de 2008 mostrou que nós temos
recursos e condições de enfrentar e sair desse processo”, disse
Meirelles em palestra gravada transmitida após a cerimônia de
abertura do Congraf no primeiro dia do evento.
Na opinião do dirigente do CPO, os Jogos de 2016 funcionarão
como “vitrine” dos produtos brasileiros para o mundo. “O Brasil
vai poder provar que é capaz de fazer algo dessa magnitude, com
essa precisão. Isso impacta na atividade de cada um de vocês,
porque é o País mostrando que pode entregar um produto de
qualidade, como eu tenho certeza que você fazem no seu dia a
dia”, disse Meirelles.
O ex-presidente do Banco Central usou como exemplo a postura
da Coreia do Sul durante a Olimpíada de Seul para descrever a
principal oportunidade gerada pelos Jogos às empresas nacionais.
“Qual é a vantagem da realização das Olimpíadas para o País?
São diversas. Não só nas questões mais diretas de investimentos,
do legado, mas também de visibilidade. Isso aconteceu na Coreia.
A Olimpíada foi um projeto nacional de validação das marcas
dos produtos coreanos. A Coreia na Olimpíada de Seul procurou
demonstrar que o produto coreano poderia ser de qualidade. Esse
foi um efeito muito importante”, analisou Meirelles.
Meirelles ressaltou a solidez das bases da economia nacional, con-
quistada ao longo das duas últimas décadas. Na opinião dele, os
fortes ajustes feitos nesse período deram ao mercado sinais claros
de que o País tem hoje uma economia previsível. “É um momento
para termos cuidado, sem deixar de investir em produtividade.
Muitos de nós somos de uma época em que não sabíamos quando
ia acontecer a próxima crise. Hoje, o País entra num novo patamar.
Ou seja, o empresário
pode planejar a longo
prazo.”
O diretor da ANcon-
sulting Hamilton Terni
Costa abriu o primeiro
dia de trabalho do 15º
Congraf, no domingo,
dia 9 com uma visão
desafiadora sobre o fu-
turo da gráfica no atual
cenário de consolidação
das novas mídias. Na
opinião de Costa, o
sucesso da indústria
gráfica dependerá,
cada vez mais, de dois
conceitos: eficiência e
criatividade.
Hamilton Terni Costa: “Ser parte do
processo é gerar demanda. Inclusive
demandas que não existiam antes.
Desenvolver produtos e soluções que o
cliente nem imaginava que precisaria.”