Page 32 - 112

Basic HTML Version

Papel cartão
GRAPHPRINT JUL 11
32
Complexidades
Presente nos mercados alimentício, farmacêutico, entre muitos outros, o papel car-
tão é a principal matéria-prima para a produção de uma embalagem. Para Gianini a
maior complexidade quanto ao uso deste tipo de papel está nos mercados alimen-
tícios e farmacêutico devido à crescente exigência em termos de técnicas gráficas
aplicadas e exigências regulamentares e pela responsabilidade de contato com os
produtos envasados. “Já em relação à parte técnica acredito que os cosméticos
estão cada vez mais exigente”, avisa o gerente de marketing da Papirus. Já Canela
aponta o mercado farmacêutico, por se tratar de um segmento com características
técnicas específicas e de alto nível de exigência. “Os mercados de cigarro e alimen-
tos, com contato direto com o alimento, também possuem complexidade devido às
restrições de uso de insumos e normas de órgãos regulatórios”, considera.
Nascimento fala que o mercado alimentício é o que representa maior complexidade
em relação ao uso de papel cartão: “Além das exigências mecânicas para o produto,
as embalagens exigem outras características do papel cartão, como, por exemplo,
barreiras à gordura e contra umidade, além da necessidade de alguns laudos que
comprovem que o insumo não contaminará o alimento embalado. A criatividade da
indústria gráfica tem criado inúmeras possibilidades para a utilização de papel car-
tão nos mais diversos tipos de embalagens; os profissionais do setor têm mostrado
grande competência na busca incansável por alternativas que viabilizem seu uso.
A criação de novos formatos de embalagens, aplicação de outros insumos em sua
concepção, como por exemplo laminações, aplicação de resinas, barreiras e etc.,
tem viabilizado o uso do insumo nos mais diversos tipos de embalagens.”
Na opinião de Bernardino não há um segmento mais complexo do que o outro. “O
que existe são especificações técnicas e legislações que devem ser cumpridas para
se obter uma embalagem segura, produtiva, funcional e com custo justo para cada
categoria de produto em questão.”
Avanços tecnológicos
Uma das novidadesmais recentes da Suzano foi o case de embalagemdesenvolvido
para o mercado de fast food. “Desenvolvido em conjunto com a gráfica e end-user,
inicialmente para ser utilizado nas embalagens de uma grande rede de fast food,
que já fazia uso dos cartões Suzano emsuas embalagens de sanduíches e batatas, o
produto também pode ser utilizado em outras empresas e segmentos com necessi-
dades semelhantes, que é a proteção a gordura. Seu principal benefício é evitar que
a gordura passe pelo papel cartão e ajude na garantia da apresentação do produto
entregue ao consumidor. Outro desenvolvimento importante também é o produto
TP White, que conseguiu unir o melhor da apresentação com o melhor da rigidez,
quando comparado aos melhores players no mundo”, explica Canela.
Bernardino cita a participação da Klabin em estudos florestais: “Um dos estudos
florestais mais importantes que a companhia integra é o Projeto Genolyptus, de se-
quenciamento completo do genoma do eucalipto, cuja meta principal é aumentar
a produtividade brasileira no segmento de papel e celulose e, consequentemente,
sua competitividade no mercado internacional. A instalação de uma planta produtiva
de CTMP (chemical-termo-mechanical-pulp), associada à máquina de papel cartão
com tecnologia de última geração, propiciou a obtenção de papel cartão de maior
rigidez commenor quantidade de fibras.”
Gianini acredita que o maior impacto tenha sido o papel cartão com alto bulk, fruto
de várias tecnologias associadas. “A existência de alto bulk permite menor uso de
matéria-prima para a produção de embalagens, sendo, portanto, mais sustentável”,
pontua o gerente de marketing da Papirus.
Paulo César Bernardino, gerente de contas e desenvolvimento
técnico da divisão de papel cartão da Klabin:
“Em 2010 esse segmento gráfico
experimentou um crescimento sem
precedentes alavancado pelo aumento
das classes C, D e E. Segundo dados da
Bracelpa, o crescimento do papel cartão foi
de 15%.”
Adriano Canela, gerente de marketing e estratégia da Unidade
de Negócios Papel da Suzano:
“O Brasil ocupa posição de destaque no
ranking mundial de produção de papel
de todos os tipos figurando entre os 15
primeiros colocados. Na América Latina, o
país possui uma posição confortável.”