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Tintas para impressão plana
GRAPHPRINT DEZ/10
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O fator câmbio
O câmbio do Brasil hoje se encontra bem fortalecido e
dá sinais de que não sofrerá solavancos tão significa-
tivos por um bom tempo. Assim sendo, ou as empre-
sas se adaptam ou se adaptam. Há para a indústria
vantagem e desvantagem. “Por um lado, o câmbio
atual é mais vantajoso para o fabricante, pois bara-
teou o custo das matérias-primas na moeda local. Por
outro, fábricas nacionais sofrem concorrência mais
forte de produtos importados, que nesse cenário se
tornam mais competitivos”, avalia Rogério Gomes, do
departamento técnico da Hostmann-Steinberg Brasil.
Seria trágico se fosse trágico. “Seria vantajoso caso
não se verificasse aumento constante dos insumos
também em dólares. É preciso ainda levar em con-
sideração que, com este câmbio, a importação de
produtos acabados ficou mais acessível às gráficas.
Além desses fatores, tivemos a redução de ingres-
sos com relação às exportações que realizamos.
Esse é o quadro real do ponto de vista de quem fa-
brica”, fala Pedrozo.
O resultado é que se torna inerente ao segmento a
chegada e, consequente, consolidação das multina-
cionais. “Com a valorização do real frente a outras
moedas, em especial o dólar, é possível ser mais
competitivo na compra, no entanto outras empresas
multinacionais conseguem colocar seus produtos no
Brasil a preços mais competitivos. Outro fator está
nas exportações, que são comprometidas pela valori-
zação de nossa moeda, o que torna nossos produtos
menos competitivos”, diz Garbim.
Daniela Silva, supervisora de marketing, Clelson Pe-
reira de Souza, supervisor da assistência técnica, e
Leandro Bittencourt, gerente técnico, todos profissio-
nais da Cromos, acreditam que com o câmbio mais
baixo há menos divisas no momento da importação.
“Em contrapartida, sentimos este impacto nas expor-
tações. Talvez para o fabricante que somente impor-
te ou exporte num volume muito alto o câmbio atual
seja positivo, pois neste caso, sentirá os efeitos da
flutuação cambial”, avaliam.
Sandro Garbim, diretor técnico da
Premiata:
“Com a valorização do real frente a
outras moedas, em especial o dólar,
é possível ser mais competitivo na
compra, no entanto outras empresas
multinacionais conseguem colocar
seus produtos no Brasil a preços mais
competitivos. Outro fator está nas
exportações, que são comprometidas
pela valorização de nossa moeda, o
que torna nossos produtos menos
competitivos”
Valdir Pedrozo, diretor comercial da
Printcor:
“Veja, por exemplo, o caso do breu,
que é uma matéria-prima das resinas
fenólicas, base das tintas offset
sheetfed. Seu custo subiu de forma
absurda este ano e até o momento
não dá nenhuma demonstração
de que possa voltar aos preços
anteriores. A tendência é de alta
também nos preços dos pigmentos
neste momento, sendo que os
fabricantes não garantem ofertas de
preços e atendimento”
Marco César Belon Zorzetto, gerente
industrial:
“Na busca por oferecer tintas offset
para impressão de embalagens
amigas da natureza, os principais
fabricantes de insumos investiram
em pesquisa e desenvolvimento na
direção dos produtos renováveis e
ecologicamente corretos. A tendência
mundial é a formulação de tintas
com menor percentual, ou ausência,
de óleos minerais de petróleo, que
são substituídos por óleos vegetais
extraídos de madeiras e grãos, ou seja,
óleos de fontes renováveis”
Rogério Gomes, do departamento
técnico da Hostmann-Steinberg
Brasil:
“Uma coisa é falar de tintas baseadas
em matérias-primas renováveis e
outra é falar que são ecologicamente
corretas. Agora que este tema está
na moda, muitas empresas alegam
que se preocupam e oferecem
produtos baseados em matérias-
primas renováveis e os intitulam
como ecologicamente corretos.
Porém em alguns casos o processo
de fabricação desses produtos foge
totalmente desse conceito”
Daniela Silva, supervisora de marketing, Clelson Pereira de Souza, supervisor da assistência técnica, e Leandro
Bittencourt, gerente técnico, todos profissionais da Cromos:
“Foi desenvolvida a linha Innov 40 que é produzida a partir de óleos vegetais, eliminando assim a utilização de
óleos minerais, os quais são retirados definitivamente da natureza. A linha Innov 40 foi desenvolvida com uma
formulação especial à base de óleos vegetais e insumos selecionados, destinada às máquinas planas offset de
uma a 10 cores, principalmente com reversão, perfect printing.”