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GRAPHPRINT OUT/10
Equipamentos de CtP
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possui um tratamento apropriado na superfície para receber a tin-
ta de impressão. Nesse tipo de papel, a tinta é retida na superfície,
o que aumenta a saturação das cores. Para utilizar uma imagem
nesse papel, a somatória de cores não deve ultrapassar o limite
de 330%, ou seja, a soma das variáveis CMYK nas áreas mais es-
curas não pode superar esse total. Caso a imagem apresente uma
somatória superior, durante a impressão será necessário reduzir a
carga de tinta para evitar problemas de entupimento e decalque.
Essa redução da carga, por outro lado, ocasionará problemas para
atingir certas tonalidades de cor e pode também causar variação
de cores durante a impressão.
No caso de papel sem revestimento, a somatória não deve ser
superior a 300%. Esse papel absorve a tinta e uma somatória alta
faz com que a tinta atinja o verso da folha. Se a imagem estiver
superior a 300%, o impressor também encontrará muitos proble-
mas para acertar a cor durante a impressão.
Uma imagem com somatória de cores correta produzirá um exce-
lente resultado no papel revestido (coated) se o processo estiver
calibrado; porém, se essa mesma imagem for impressa em um
papel sem revestimento (uncoated), o resultado será um desastre.
Uma solução para resolver esse problema é aplicar um perfil de
cores ICC ou um Device Link. O primeiro pode ser aplicado no
Photoshop ou em qualquer software de editoração eletrônica; já
o Device Link deve ser aplicado por um software especial ou pelo
RIP. Os dois utilizam a técnica GCR (Gray Component Replacement)
ou UCR (Under Color Removal) para realizar a separação das co-
res. A diferença é que, ao utilizar o ICC, todas as tonalidades são
alteradas; já o Device Link permite um controle mais apurado, per-
mitindo somente alterações dos tons de cinza e a somatória das
cores, preservando as cores saturadas.
Problemas que só aparecem
na hora da impressão
Existem muitas causas para falhas na impressão. Se os erros
ocorreram durante a produção da chapa, existem duas causas
possíveis. Primeiro, a potência do laser pode estar fraca, ou a len-
te do equipamento pode estar suja. Neste caso, o sistema de CtP
deve passar por manutenção. Em segundo lugar, o problema pode
ser causado por má calibração, utilização de lineaturas incorretas
ou se a linearização e correção nas curvas de cor não foram rea-
lizadas corretamente.
Quando o equipamento CtP não está calibrado corretamente, pode
ocasionar problemas de velatura ou de baixa tiragem das chapas.
Se o laser não for capaz de remover suficientemente a camada do
contragrafismo, pode causar um problema de velatura. E a durabi-
lidade de impressão e a capacidade de cópias da chapa também
são afetadas por falta de potência de laser durante a gravação. Se
a impressão for feita com tinta UV, a chapa deve ser forneada.
Prevenção com ajustes apropriados
Para trabalhos mais exigentes, deve-se tomar muito cuidado com
lineaturas acima de 200 lpi. Elas podem causar perda de pontos nas
áreas mais claras e entupimento nas mais escuras, além do exces-
so de ganho de ponto durante a impressão. Um processo só pode
ser considerado calibrado quando temos pontos de aferição.
Basicamente a qualidade pode ser assegurada através da cali-
bração, chamada de linearização, feita com um test form. Antes
de começar, recomenda-se limpar a processadora e verificar se
a potência do laser do CtP está correta. Caso necessário, antes
de iniciar esse trabalho faça a manutenção preventiva do equipa-
mento, onde é feita a limpeza da lente do laser.
Para calibrar, o RIP imprime uma escala que é medida com um
equipamento apropriado chamado Dot Meter. A diferença entre a
porcentagem gerada pelo RIP e a medida na chapa é inserida em
uma curva de calibração do próprio RIP. Ao gravar uma nova chapa,
o aplicativo corrige automaticamente os valores de porcentagem
gravados na chapa. Em seguida é gravada a chapa do testform. É
recomendada a inspeção de qualidade da chapa através de uma
tira de controle de calibração