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Equipamentos de CtP
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do software são repassados por meio do custo das chapas. “Nós, da Heidelbeg, consideramos
que acima dos preços de equipamentos e chapas, os benefícios de qualidade, produtividade
e redução final de custos efetivos do processo viabilizam o investimento na tecnologia. Mas a
decisão final é do próprio cliente.”
A tecnologia mais bem aceita e compreendida
Entre as várias tecnologias de CtP há sempre uma que ganhou mais corpo no mercado. “Atu-
almente as chapas térmicas são as mais comercializadas devidos à estabilidade de revelação,
calibração da chapa, facilidade operacional no ambiente iluminado pela luz do dia e preços
competitivos. Além disso, há uma nova geração de chapas ecológicas da linha Chemfree da
Heidelberg que não necessita de processamento químico. A Chemfree reduz custos com insu-
mos, consome menos água e gera menos resíduos inerentes aos processos térmicos tradicio-
nais”, revela Santos.
Moccagatta fala que o próprio parque instalado de equipamentos demonstra que a tecnologia
mais bem aceita pelo mercado é a de gravação térmica. A T&C, por exemplo, vendeu até agora
370 sistemas. É bem verdade que num passado não tão distante assim as alternativas de
tecnologia de CtP eram maiores. “Na verdade havia mais tecnologias de CtP no passado, mas
hoje elas se concentram em no máximo duas ou três e cada uma com pequenas variações.
Os fabricantes de chapas acabam determinando qual a tecnologia de laser terá mais tempo
de vida simplesmente porque fabricar uma chapa sensível a esse laser que demanda pouca
produção não é rentável e o desenvolvimento nessa tecnologia acaba sendo reduzido. Foi o
que aconteceu, por exemplo, com as chapas sensíveis ao laser verde (YAG). Outro fator é que
os custos de produção e logística de diversos tipos de chapa são muito altos, sendo melhor
concentrar em poucas variações. A aceitação dessas tecnologias pelo mercado depende das
exigências de cada segmento. O segmento de jornais, por exemplo, é quase todo voltado às
tecnologias de chapas e CtPs violeta por ser mais rápido, suportar longas tiragens e possuir a
qualidade satisfatória. Já na indústria comercial e editorial, o mais comum é ver o domínio da
tecnologia térmica. Mesmo assim essa definição pode variar bastante de um país a outro. A
Agfa trabalha com todas as tecnologias, disponibilizando um leque de opções para o mercado
de acordo com a necessidade de cada cliente”, informa Menossi.
Monicka e Armengol dizem que além do sistema térmico o convencional também é muito
utilizado no mercado: “O térmico, pelo tempo no mercado, e o convencional, porque se ajustou
no preço e tecnicamente conseguiu melhorar.” Mundialmente e no mercado brasileiro também,
conforme Zucchino, a tecnologia térmica se mostra mais estável, mas avisa que todas as tec-
nologias têm vantagens e desvantagens.
Chapas de haleto de prata
Quando utilizadas com laser visível e em todos os comprimentos de onda disponíveis, as cha-
pas de haleto de prata apresentam processamento semelhante às chapas convencionais? Na
opinião de Moccagatta, não, “pois no processamento as chapas de haletos de prata necessitam
de preheat para terminar o processo de sensibilização da camada. As chapas convencionais
possuem melhor desempenho, pois reproduzem numa melhor resolução. Já com a tecnologia
de haletos de prata a resolução utilizada, antes da perda de resolução, chega a 100 lpi, menor
que das chapas convencionais”, explica o diretor comercial da T&C.
Zucchino observa que as chapas de haleto de prata apresentam desempenho ligeiramente
superior às chapas convencionais. Menossi explica que cada chapa tem sua característica
própria que se adapta de acordo com o tipo de nicho de mercado, atributos técnicos do produ-
to impressão final e características internas da gráfica e produção, como tiragens, qualidade
Monicka Gene, gerente comercial, e José
Vidales Armengol, diretor técnico, ambos da
Llepati Brasil:
“Deve-se considerar e analisar
vários fatores como foco, ou seja,
definir se a atuação é no mercado
comercial, institucional, livros,
cadernos, metalgráfico entre outros,
quais equipamentos a empresa já
possui e qual faturamento médio
ao mês trará e qual será a margem
de lucro do faturamento mensal.
Outros fatores, como o custo de
pré-impressão, para atingir o
faturamento e o lucro, e que tipo
de qualidade se pretende atingir
precisam ser estudados. Evidente
que o número de chapas usadas
ao mês de quadricromia, que no
mínimo deverá ser de 1500, é outro
fator importante.”
Renato Moccagatta, diretor comercial da
T&C:
“Atualmente com o ganho de
qualidade e redução de tempo de
acerto dos equipamentos offset,
alcançado com a qualidade do CtP,
uma gráfica com 500 chapas ao
mês já pode considerar a compra
de um equipamento deste tipo.”