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Distribuição de papéis
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Instituído pela Portaria CAT 14 da Secre-
taria da Fazenda do Estado de São Paulo,
o Recopi regulamenta as operações com
papéis para fins editoriais, que nessa con-
dição estão isentos de impostos. “Salvo
pequenos ajustes, que estão sendo reali-
zados pela Secretaria da Fazenda, o siste-
ma está funcionando. Acreditamos que o
Recopi é uma forma eficaz para combater
os desvios de finalidade do papel imune
e ajudará a evitar práticas ilegais que
tanto prejudicam as empresas idôneas e
a economia como um todo. Somando-se
à obrigatoriedade do uso da Nota Fiscal
Eletrônica no comércio de papéis, o sis-
tema como um todo será mais efetivo.
Acreditamos ainda numa tendência de
se nacionalizar a prática do Recopi”, fala
Vitor Paulo de Andrade, presidente da As-
sociação Nacional dos Distribuidores de
Papel (Andipa).
Elaine Teixeira Mendes, diretora da Co-
mercial Mendes, empresa que há 55 anos
atua no ramo do papel imune dando con-
sultoria e assessoramento, e que dentro
de sua carteira de clientes auxiliou 220
empresas a se integrarem ao Recopi,
aponta alguns problemas: “No início, ti-
vemos alguns problemas com o cadastro,
mas logo resolvemos. O programa em si
foi lançado com algumas falhas; quando
passamos as informações é natural que
erremos, mas não há meio de voltar. Vá-
rias empresas têm problemas; o programa
foi liberado antes de estar com todos os
recursos disponíveis. O único que conse-
gue tirar minhas dúvidas é o pessoal que
trabalha no Fale Conosco da Secretaria da
Fazenda. Na maioria das vezes, eles res-
pondem rapidamente, mas há vezes que
demoram um pouco. Já no Posto Fiscal
dificilmente conseguimos orientação. Às
vezes acho um absurdo o fiscal não en-
tender claramente a questão, mas penso
que eles também não tiveram acesso à
informação. Os fiscais têm boa vontade,
mas falta conhecimento. O programa é
complicado e o manual é confuso. Um dos
grandes entraves é em relação à estimati-
va de consumo: uma editora, por exemplo,
consegue mais facilmente prever a quan-
tidade que será utilizada. A gráfica depen-
de da demanda, de um pedido maior, de
um lançamento de revista, por exemplo.
Caso a estimativa não esteja de acordo
com as normas, a gráfica pode ser can-
celada do Recopi. Acredito que deveria
ter tido um treinamento maior por parte
do Estado com o contribuinte. Temos, en-
tão, que pedir socorro à Secretaria e reu-
nir toda a classe em busca de melhorias.
Deixo claro que não sou contra o Recopi;
sei que veio para ajudar e regularizar a
situação, mas o papel imune há anos cor-
re solto e não é na base da emergência
que resolveremos todos os problemas. É
necessário, sim, urgência no controle do
uso de papel imune, mas temos que lidar
com regras, fiscalização e detalhes sem
empecilhos.”
Elaine Teixeira Mendes, diretora da Comercial Mendes:
“No início, tivemos alguns problemas com o cadastro, mas logo
resolvemos. O programa em si foi lançado com algumas falhas; quando
passamos as informações é natural que erremos, mas não há meio de
voltar. Várias empresas têm problemas; o programa foi liberado antes
de estar com todos os recursos disponíveis.”
Dárcio Berni, gerente geral da KSR
Apoiadores
As distribuidoras que responderam a pau-
ta de forma unânime apoiam a trabalho do
Recopi. “A KSR apoia a iniciativa da Secre-
taria da Fazenda do Estado de São Paulo,
que complementa o controle já instituído
pela Receita Federal. O Recopi não nos
preocupa, pelo contrário, estamos muito
otimistas, pois a partir desse controle a
competição será mais leal no mercado e
as empresas que trabalham corretamente
serão beneficiadas. Acreditamos também
que esse controle deverá ser implemen-
tado pelos demais Estados da Federação
interessados em acabar definitivamente
com a sonegação dos impostos nas tran-
Felipe Moblize, diretor de estratégia e marketing
da Nova Mercante:
“Nos últimos anos as empresas
de São Paulo, principalmente
gráficas e editoras, investiram
mais que as de outros Estados,
ganhando competitividade. A
Nova Mercante sempre seguiu as
leis que regem a comercialização
de papel imune. Com isso, não
foi preciso muitos ajustes para
adequar a empresas às novas
diretrizes desse papel.”