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GRAPHPRINT AGO/10
GRAPHPRINT:
Fale uma pouco mais sobre o novo posiciona-
mento?
LUÍS GIOVANNI FARIA -
Mesmo sendo 100% Ricoh, nossa
atuação é distinta. Historicamente, a Ricoh atua no merca-
do de multifuncionais e impressoras para escritórios. Há um
segmento, o de impressoras de escritórios e de produção leve,
que tanto a Ricoh como a InfoPrint atuam. Logicamente, além
dessa área, temos equipamentos de alta produção, que são
equipamentos para formulários contínuos. O anúncio do novo
posicionamento foi muito interessante para nós, da InfoPrint,
pois hoje pertencemos a uma empresa que é 100% impres-
são. Na IBM, onde trabalhei por 20 anos, a área de impressão
representava algo em torno de 1% a 2% da IBM mundial. A
área de impressão, na realidade, era um dos nichos da IBM.
Então foi muito boa essa mudança, pois hoje atuamos com
a Ricoh, que é uma empresa da ordem de US$ 25 bilhões
(número global) e a maior empresa de impressão do mundo.
Com a aquisição, a Ricoh passa a ter todo o portfólio de im-
pressão. A Ricoh tradicional continua ativa no Brasil e atuando
nos segmentos de médio e baixo volume, e a InfoPrint, no alto
volume, que é basicamente a nossa herança, o nosso DNA.
GRAPHPRINT:
É clara a preferência por ambientes críticos?
GIOVANNI FARIA -
É uma área que requer não apenas o har-
dware, que é manufaturado pela Ricoh, mas toda uma par-
te de softwares de serviços. O ambiente de alta produção
é complexo, diferente da impressão de escritório, que tem
relativa complexidade. O ambiente de alta produção requer
velocidade e disponibilidade. Velocidade por que lidamos
com milhões de documentos. É preciso ter disponibilidade,
quando tratamos de ambiente transacional de alto volume,
pois falamos de impressão de contas, boletos, extratos ban-
cários, entre outros, que não podem deixar de ser enviados
aos clientes.
Os clientes desse serviço, que são basicamente bancos, se-
guradoras, empresas de telecomunicação, entre outros, que-
rem cada vez mais uma janela mínima de produção para mi-
nimizar o tempo entre a impressão do documento e a entrega
ao usuário.
GRAPHPRINT: Como andam as evoluções nesse tipo de co-
municação?
GIOVANNI FARIA -
O que se vê hoje em dia é que o documen-
to transacional pode ser usado tanto como canal de vendas
como de fidelização. É um conceito até mais amplo do que
o transpromocional convencional. Acreditamos que um do-
cumento tem que ser relevante, não se pode simplesmente
colocar uma propaganda nele. Temos que saber quem é a
pessoa que vai receber o envelope, conhecer suas necessida-
des. Por isso, o conceito de marketing de precisão extrapola
o transpromocional porque envolve conhecimento individual.
Por exemplo, se uma pessoa viaja muito é possível oferecer
algum tipo de promoção de equipamentos de viagens, férias
fora do Brasil, etc. A cor é outro exemplo importante, pois
chama a atenção do cliente. O grande problema é que, até
então, a tecnologia não permitia que esse tipo de documento
fosse impresso na velocidade, na confiabilidade e no custo
desejados. Por isso, há o desenvolvimento de equipamentos
para essas soluções. A impressão colorida existe há 15 anos
aproximadamente, só que nunca foi tão explorada por causa
do custo. Agora, estamos mais próximos do custo do docu-
mento preto e branco. Enfim, o nosso DNA gravita pelo con-
ceito de impressão transacional, seja ela colorida ou simples
“A maioria dos negócios da InfoPrint é de equipamentos
de alto volume. Historicamente o que faltava no leque de
produtos da Ricoh para conseguir atender o mercado de
ponta a ponta era exatamente o topo da pirâmide”