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Associação Nacional dos Inventores apresenta novidades

09/12/2008 - 00:12
Boas idéias podem sim se transformar em negócios rentáveis. Esse é o sonho de pessoas criativas que procuram a Associação Nacional dos Inventores (ANI), entidade sem fins lucrativos cujo papel é incentivar, popularizar e até industrializar as inovações tecnológicas no País.

O presidente da ANI, Carlos Mazzei, selecionou novos projetos de inventores que buscam parcerias no mercado. São eles o Separador de Alumínios, Chinelo para prevenção de joanetes, Ducha aromática e Módulo Inflável de propaganda móvel. “São invenções que primam pelo bem-estar das pessoas e preservação do meio ambiente. Por razões tão nobres, merecem conquistar espaço no mercado”, reforça.

O processo de separação do alumínio contido no interior de embalagens cartonadas (tipo Tetra Pak, também chamadas de longa vida) foi criado por Wagner Jansiski Sanerip, estudante de Física da Unicamp. Sanerip inventou esse processo como forma de solucionar um grande problema ambiental. “A embalagem cartonada é constituída de papel, plástico e alumínio. Esta matéria-prima nobre de grande valor comercial se perde ao ser descartada em lixões e aterros, pois, sem a separação, não pode ser reciclada e não possui valor atrativo para os catadores. Devido à sua composição multicamada (papel, plástico e alumínio), leva vários anos para se decompor”.

No processo criado por Sanerip, os materiais que envolvem o alumínio passam por uma decomposição térmica, da qual sobram somente o metal e as cinzas. Para isso, as embalagens são colocadas em um forno de aquecimento por indução magnética. O alumínio pode, então, ser derretido e moldado em lingotes para reciclagem. “Ao aquecer, o alumínio não oxida, pois o processo não contém fogo ou chama de ignição e, portanto, também não é poluente”.

A idéia surgiu após o estudante conhecer, pela mídia, o problema da Tetra Pak em reciclar suas embalagens. Embora hoje a empresa utilize outra técnica para separar o plástico do alumínio, denominada Plasma, Sanerip afirma que “esse processo é mais complexo, gasta mais energia e requer lavagem das embalagens”. A invenção está com solicitação de patente protocolada junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). “Como a patente é de um processo, não de um produto, não é necessário desenvolver protótipo ou máquina. Basta o interessado ter acesso à patente e reproduzi-la”, conclui esperançoso.

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