Mesmo em um ano em que a Drupa foi uma grande vitrine das possibilidades gráficas da atualidade, um grupo brasileiro, reunido pela MAN Ferrostaal, esteve na Alemanha entre os dias 9 e 14 de novembro para um tectour, com o objetivo de certificar-se sobre o que se passa nas mais modernas gráficas de embalagens germânicas. Na grande maioria, o grupo estava formado por profissionais deste segmento. Uma experiência única que contou com o apoio da equipe brasileira composta pela gerente de Marketing, Elaine Almeida; pelo gerente de impressoras planas manroland, Hans Guenther; e pelos gerentes de vendas da MAN Ferrostaal, Alexandre Luz e Antonio Furlan.
Desde que desembarcaram no Aeroporto Internacional de Frankfurt, o grupo de 40 brasileiros organizado pela MAN Ferrostaal sabia que a jornada seria intensa. Representando 30 empresas – na maioria gráficas de embalagens – os convidados estavam cientes que o grande objetivo era aproveitar ao máximo os dias de viagem para conhecerem e compararem as produções destas grandes empresas do segmento internacional de cartonagem. “Todos que aceitaram nosso convite foram em busca de conhecer, reconhecer e avaliar a tecnologia das impressoras manroland”, afirmou a gerente de Marketing da MAN Ferrostaal, Elaine Almeida, que acompanhou o tour técnico. “Ingressamos em empresas onde o sigilo das operações e a segurança são levados muito à sério.” Segundo a gerente, estas gráficas trabalham com modelos de impressoras manroland que foram fabricadas sob medida pela marca a partir das necessidades de cada uma. “São máquinas especiais e justamente por isso não é uma operação fácil o acesso a essas indústrias.”
No primeiro dia, em Offenbach - acompanhados também pelo responsável pela área de vendas para a América Latina, Richard Tomas – os brasileiros visitaram a fábrica da manroland, localizada nesta cidade. Conheceram a linha de produção das Roland´s 700 e 500 e foram apresentados à Roland 200. A caçula da família lançada na última Drupa, a Roland 50, também foi alvo de atenções. Mas os procedimentos inline possíveis de serem executados pelas Roland 700 e Roland 500 roubaram a cena. “Os serviços especiais Inline Foiler agradaram muito”, explicou o gerente de impressoras planas, Hans Guenther. As embalagens com alto valor agregado, geradas graças a esta tecnologia inline, tanto para a indústria alimentícia como para rótulos de capas de revistas, motivaram o grupo.
A manroland foi pioneira em apresentar o Inline Foiler (coldstamp) ao mercado gráfico mundial. A maior vantagem deste tipo de tecnologia é a redução de processos, na medida em que otimiza a produção interna juntando várias etapas e produzindo tudo em uma só passada. Antes só era possível a aplicação de acabamentos diferenciados após a impressão. “O empresário gráfico, hoje em dia, busca estas novas possibilidades para agregar valor ao impresso“, acrescentou Hans. O gerente, aliás, afirmou ter se surpreendido com o número de visitantes. “Confesso que logo após a Drupa imaginei que o interesse destes profissionais não fosse tão grande.“
Para o gerente de vendas, Alexandre Luz, o fato de os gráficos terem se motivado a realizar este tour técnico em ano de Drupa denota o amadurecimento da indústria gráfica brasileira. “É a prova de que o brasileiro não se acomoda com a crise. Ele sabe que – ao contrário – para enfrentar esta crise precisa ter qualidade e produtividade acima da média do mercado“, afirmou Alexandre. “Por isso continuam buscando cada vez mais soluções para atualizarem suas aplicações. O mercado dá provas de que irá se afunilar mais. Só quem estiver tecnologicamente preparado vai passar por este funil.”
A equipe manroland teve um cuidado especial ao escolher as empresas que seriam visitadas. “Além do critério técnico, para fazer com que os convidados presenciassem processos modernos, a preocupação também foi no sentido de dar oportunidade aos gráficos para esclarecerem dúvidas diretamente junto aos profissionais de cada empresa”, explicou a gerente de Marketing, Elaine.
No dia 11, o grupo conheceu a produção das gráficas Hammersfahr Vertriebs e Gissler & Pass. No dia seguinte, o tectour seguiu para a Model Kramp e W.B. Druckerei. No terceiro e último dia de visitas foi a vez da Chesapeake Stuttgart e da Chesapeake Neu-Isenburg. O diretor da Gráfica Macron, Antonio Fernando Ferreira, afirma que as visitas foram muito proveitosas. “Tivemos todas nossas dúvidas respondidas e notamos que a automação é muito disseminada nas gráficas que conhecemos”, disse. “Eles trabalham com um número bem mais reduzido de operadores em comparação com nosso mercado.”
Para o gerente Alexandre, as gráficas brasileiras de embalagens são uma referência fortíssima no segmento internacional porque são empresas que primam pela qualidade dos processos. “Convivemos com uma demanda exigente tanto interna como externamente”, afirmou. O diretor da Ibratec, Marco Taurisano, que também viajou com o grupo, concorda. “Nosso padrão de exigência é elevadíssimo comparado com aos padrões dos Estados Unidos e Europa”, afirmou. “Apesar de sermos um País emergente, este critério está alinhado ou até acima do nível de exigência internacional. E isso nos dá uma vantagem competitiva.”
A Ibratec produz embalagens para os segmentos alimentício, cosmético e de higiene e limpeza. “Utilizamos equipamentos Roland e estamos muito seguros com nossa tecnologia”, disse o diretor.
Desde março deste ano a empresa passou a contar com os serviços da Roland 707 LTTLV, uma máquina longa, híbrida e versátil, que trabalha com UV, laminados, plásticos, etc. Para Marco, as visitas às gráficas alemãs foram o ponto alto da viagem. “Foi muito interessante avaliar os processos: alguns trabalhos especiais, com valor agregado”, afirmou, referindo-se ao Inline Foiler. “O Inline Foiler hoje é o maior diferencial da Roland”, acredita. “Vimos o processo desde a Drupa de 2004, quando foi lançado. Com as visitas, percebemos que ele já é uma realidade por lá e, apesar de o Brasil ainda não ter nenhum sistema instalado ainda, o Inline Foiler será uma tendência também aqui.”
